Chefe do ACNUR afirma que pacto global é a chance de traçar um curso diferente
Chefe do ACNUR afirma que pacto global é a chance de traçar um curso diferente
GENEBRA, 12 de dezembro de 2017 – Há um ano da consolidação do compromisso mundial para trabalho conjunto buscando melhorar a resposta à situação dos refugiados, a tragédia do deslocamento forçado está ainda maior, declarou o chefe do ACNUR hoje.
Em seu discurso de abertura de uma reunião de alto nível em Genebra sobre o novo pacto global para refugiados, Filippo Grandi observou que por todo o mundo, pessoas continuam sendo forçadas a deixar suas casas, vítimas de um fracasso coletivo da comunidade internacional em prevenir e solucionar conflitos.
“Nossa missão é mais urgente que nunca... o êxodo de Mianmar para Bangladesh é o de maior visibilidade, mas, civis inocentes da república Democrática do Congo, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Síria e outros lugares, continuam sendo forçados a fugir para salvar suas vidas”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados.
Grandi estava discursando na abertura do evento High Commissioner’s 10th Dialogue on Protection Challenges (10º Diálogo do Alto Comissário sobre Desafios de Proteção, em português) que acontece nos dias 12 e 13 de dezembro.
Inicialmente, o encontro pretende analisar os resultados das consultas que aconteceram desde que 193 estados-membro das Nações Unidas adotaram a Declaração de Nova York na qual se comprometem, em um pacto global, a compartilhar a responsabilidade pelos refugiados do mundo e apoiar as comunidades que os acolhem. Isso incluiu o estabelecimento de um Marco Integral de Resposta aos Refugiados (CRRF).
“A atenção global sobre os refugiados pode crescer ou diminuir em meio aos caprichos da política internacional, mas a Declaração de Nova York continua a ser um compromisso político de alto nível para mudar a forma como respondemos às crises de refugiados”, disse ele aos participantes da reunião no Palais des Nations, em Genebra.