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Chefe do ACNUR destaca o comprometimento do Equador em buscar soluções para os refugiados

Comunicados à imprensa

Chefe do ACNUR destaca o comprometimento do Equador em buscar soluções para os refugiados

Chefe do ACNUR destaca o comprometimento do Equador em buscar soluções para os refugiadosFilippo Grandi diz que o Equador pode ser um importante no cenário global por prover soluções aos refugiados que queiram se integrar ao país e para aqueles que continuam a fugir das guerras e perseguições.
8 Julho 2016

QUITO, Equador, 08 de julho de 2016 (ACNUR) - Durante sua primeira visita ao Equador, o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, elogiou a abordagem inovadora adotada pela nação andina, permitindo que milhares de colombianos que foram obrigados a deixar seus lares durante as décadas de conflito armado possam reconstruir suas vidas no país.

O Equador abriga cerca de 60.000 refugiados (sendo 95% colombianos), além de outros 200.000 colombianos que fugiram da violência durante a prolongada guerra civil que deixou ao menos 220.000 pessoas mortas.

Destacando uma nova era de paz na Colômbia, o Alto Comissário ressaltou a importante contribuição que os refugiados podem fazer para o desenvolvimento do país que lhes concede refúgio.

Como disse Yenny, uma mulher de 21 anos, mãe de duas crianças, que deixou a Colômbia há um ano. "Queremos ficar no Equador. Temos muito a oferecer a este país que nos acolheu".

“Temos muito a oferecer a este país que nos acolheu"

Nesse contexto, em que muitos refugiados têm escolhido ficar no Equador, fornecer soluções para a situação destas pessoas é essencial. A fim de apresentar uma resposta abrangente para as necessidades existentes, o ACNUR está trabalhando com as autoridades do Equador e seus parceiros humanitários para ajudar as pessoas deslocadas a reconstruir suas vidas e se tornarem autossuficientes no Equador.

No ano passado, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros lançaram um programa inovador para reduzir a pobreza, chamado Modelo de Graduação. Destinado a apoiar as famílias mais vulneráveis para encontrar modos de vida sustentáveis e dignos, o programa pretende apoiar 7.500 famílias para saírem da pobreza em 2016.

O programa foi concebido para beneficiar tanto os refugiados quanto as famílias equatorianas, estando alinhado com os objetivos do Governo de redução da pobreza. Ele é também a chave para a integração dos deslocados internos em suas comunidades de acolhimento.

Num contexto internacional em que o deslocamento forçado provocou reações adversas em alguns países, Grandi afirmou que o Equador é um exemplo para o mundo.

“O Equador pode ser uma referência global de acolhida e de busca de soluções para os refugiados”

"O ACNUR acredita que o Equador pode ser uma referência global de acolhida e de busca de soluções para os refugiados. Estamos empenhados em trabalhar em estreita colaboração com o país para fortalecer esse processo."

Grandi reconheceu que a próxima lei de Mobilidade Humana, que será discutida na Assembleia Nacional, é uma nova oportunidade para o Equador estar na vanguarda em termos de proteção dos refugiados.

"As pessoas não querem ser refugiadas para sempre, então nós temos que investir na construção de suas habilidades e capacidades para que as soluções sustentáveis sejam possíveis para eles. A lei de Mobilidade Humana pode ser uma ferramenta poderosa para mudar as vidas dos refugiados e outras pessoas que se deslocam", disse Grandi.

"Esperamos que essa lei seja aprovada em breve. Também será um passo importante para garantir que os refugiados e solicitantes de refúgio tenham acesso à documentação e direitos adequados", acrescentou.

María del Mar é uma refugiada de 22 anos e mãe de uma criança de três anos. Ela está estudando Medicina graças a uma bolsa de estudos em Quito. Disse que o Equador é o lugar onde ela quer viver. "Aqui no Equador, eu aprendi a ser independente, autossuficiente e a sustentar a minha família".

Grandi está visitando o Equador como parte de uma missão de uma semana na América Latina. É a sua primeira visita à região desde que foi nomeado Alto Comissário da ONU para Refugiados, em janeiro.

Por Sonia Aguilar