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Combates obrigam mais Somalis a fugir de Mogadíscio, elevando o número de deslocados para quase 170.000

Comunicados à imprensa

Combates obrigam mais Somalis a fugir de Mogadíscio, elevando o número de deslocados para quase 170.000

Combates obrigam mais Somalis a fugir de Mogadíscio, elevando o número de deslocados para quase 170.000A Agência da ONU para os Refugiados disse na sexta-feira que estava...
26 Junho 2009

GENEBRA, 26 de junho (ACNUR) – A Agência da ONU para os Refugiados disse na sexta-feira que estava “seriamente preocupada” com o crescimento da violência e o agravamento da crise de deslocados na Somália, onde quase 170.000 pessoas fugiram da capital Mogadíscio desde que uma nova onda de combates eclodiram no início de maio.

“Combates entre forças do governo e os grupos de oposição Al-Shabaab e Hisb-ul-Islam, que eclodiram em 7 de maio em várias áreas do noroeste da capital somali Mogadíscio, estão deixando um rastro de vítimas civis, destruição e novos deslocamentos,” disse o porta-voz do ACNUR, William Spindler, aos jornalistas em Genebra na sexta-feira.

De acordo com registros dos hospitais somalis locais, mais de 250 civis foram mortos e pelo menos 900 foram feridos durante esse período. “Estimamos que desde o início dos combates em maio, mais de 169.000 pessoas foram forçadas a deixar seus lares e buscar abrigo em outros lugares dentro da Somália ou em países vizinhos,” disse Spindler. Apenas entre a última sexta-feira e a segunda-feira seguinte, aproximadamente 33.000 pessoas foram desalojadas de Mogadíscio devido aos pesados combates.

A maioria das pessoas deslocadas internamente (IDPs, sigla em inglês), cerca de 51.000, mudou-se para regiões mais seguras dentro da cidade ou para assentamentos para IDP improvisados nos arredores de Mogadíscio, enquanto outras 48.000 fugiram pelo corredor de Afgoye, para o oeste da capital. Eles se uniram aos mais de 400.000 civis que têm sido deslocados desde 2007. Outras 70.000 pessoas partiram para locais mais distantes, incluindo as regiões do Baixo e Médio Shebelle, Baixo Juba, Galgaduud e Gedo.

De acordo com os parceiros locais do ACNUR, alguns dos deslocados estão seguindo para os países vizinhos. Alguns são famílias que haviam voltado para casa após um período de relativa paz em Mogadíscio durante os primeiros quatro meses do ano.

Muitos deslocados internos contam historias de dificuldades e sofrimentos ao tentarem fugir dos combates na capital somali. A maior parte das pessoas tenta deixar a cidade a bordo de microônibus.

Dizem que os transportadores estão cobrando 250 dólares ou mais por um bilhete. Parceiros do ACNUR na Somália falaram com alguns dos deslocados em Afmadow, cerca de 400 quilômetros a sudoeste de Mogadíscio. Uma deles, mãe de seis filhos, disse que levou nove dias para chegar a Afmadow, pois os transportadores locais tomaram seu dinheiro e então a abandonaram junto com os filhos no meio da estrada.

A deterioração da situação de segurança tem reduzido drasticamente a distribuição de ajuda humanitária, desesperadamente necessária aos deslocados dentro e fora de Mogadíscio. “Nossos parceiros locais, que têm sido a salvação para os deslocados, estão enfrentando crescentes problemas de segurança quando tentam ajudar os necessitados,” disse Spindler em Genebra.

Enquanto isso, no vizinho Quênia, o número de refugiados vindos da Somália continua a aumentar. Desde o início do ano, cerca de 38.000 novos refugiados chegaram ao Quênia, praticamente quase todos somalis. Em junho, o campo de Dadaab, no nordeste, recebeu 4.104 refugiados. Abrigando mais de 280.000 pessoas, Dadaab é o maior complexo para refugiados do mundo.