Comemoração do Dia Mundial contra HIV e a AIDS nas Américas
Comemoração do Dia Mundial contra HIV e a AIDS nas Américas
BOGOTÁ, Colômbia, 02 de dezembro de 2010 (ACNUR) – O mandato do ACNUR é a proteção e, neste marco, busca garantir um melhor acesso da sua população de interesse a programas de HIV/AIDS. Estas ações se constituem em um objetivo de proteção prioritário na região das Américas, em particular para aquelas pessoas em necessidade de proteção vulneráveis ao HIV/AIDS.
O Dia Mundial da Luta Contra o HIV/AIDS se originou em 1988, e, desde então, as agências das Nações Unidas, os governos e todos os setores da sociedade civil se unem em todo o mundo no 1º de dezembro.
Durante mais de uma década o ACNUR tem se unido em diferentes partes do mundo à celebração do Dia Mundial da Luta Contra o HIV/AIDS no 1º de dezembro. Neste ano, sob o lema mundial “Acesso universal e direitos humanos”, o ACNUR continua vinculando-se a este propósito mundial, pois o HIV/AIDS, além de ser um problema de saúde pública, também atenta contra os direitos humanos fundamentais.
O acesso aos serviços de prevenção, atenção e apoio para as pessoas que vivem com o HIV/AIDS se vê dificultado pela insegurança, a enorme distância física das estruturas que gerenciam os programas nacionais e, em particular, o estigma e a discriminação das quais são vítimas os refugiados, deslocados internos, retornados e solicitantes de asilo.
Esta situação faz que as pessoas de interesse do ACNUR estejam em uma situação de maior vulnerabilidade ao HIV e a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), condutas de alto risco, violência sexual, exploração sexual, aumento da violência doméstica, entre outras situações.
Também significa a oportunidade de fortalecer os vínculos e alianças do ACNUR com atores chave que lidam com o HIV/AIDS, para desta maneira construir interesses comuns, agendas compartilhadas e ações tendendo a melhorar as situações de risco e vulnerabilidade ao HIV/AIDS das populações.
Nas Américas este dia foi celebrado de várias formas, mas sempre com o objetivo de conscientizar as pessoas.
Na Colômbia, na cidade de Cúcuta (Norte de Santander), a comemoração deste dia aconteceu com um stand das instituições, uma campanha de prevenção, provas rápidas e sensibilização da comunidade, enquanto no departamento de Meta houve atividades de formação e acompanhamento em direitos sexuais e reprodutivos para mulheres em situação de deslocamento forçado. Em Soacha, perto de Bogotá, o ACNUR se reuniu com 60 mulheres para sensibilizá-las sobre o HIV e a epidemia de AIDS que afeta de maneira especial as mulheres, posicionando a problemática na agenda de saúde do município.
Em Lago Agrio, na província amazônica equatoriana de Sucumbíos, na fronteira com a Colômbia, uma prova de corrida reuniu cerca de 20 instituições, incluindo o ACNUR e organizações sociais como HIAS, UCODEP e a Cruz Vermelha Equatoriana. Masi de 100 corredores fizeram um esforço conjunto de ressaltar a cooperação como eixo de apoio às pessoas vivendo com HIV/AIDS. A integração nesta província, onde cerca de 20% da população é refugiada de origem colombiana, se converte em uma luta para superar o estigma dado às pessoas com essa enfermidade.
No Brasil, a comemoração oficial do Dia Mundial de Luta contra o HIV e a AIDS teve lugar no Palácio do Itamaraty em Brasília, e girou em torno do tema da discriminação. Nesta ocasião, que contou com a participação do ACNUR, o Ministério da Saúde do Brasil inaugurou uma nova campanha de HIV/AIDS e apresentou um ensaio fotográfico com jovens que vivem com HIV/AIDS. O presidente Luis Inácio Lula da Silva foi homenageado pelo UNAIDS, que reconheceu o empenho do seu governo no enfrentamento do HIV/AIDS.