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Comemorações, abraços e lágrimas de alegria marcam o retorno dos atletas refugiados olímpicos ao Quênia

Comunicados à imprensa

Comemorações, abraços e lágrimas de alegria marcam o retorno dos atletas refugiados olímpicos ao Quênia

Comemorações, abraços e lágrimas de alegria marcam o retorno dos atletas refugiados olímpicos ao QuêniaCalorosas boas-vindas foram dadas aos atletas sul-sudaneses que fizeram história nos Jogos Rio 2016 ao competir na inédita Equipe Olímpica de Atletas Refugiados.
24 Agosto 2016

NAIRÓBI, Quênia – Cinco atletas sul-sudaneses, que passaram a última quinzena fazendo história ao integrarem a inédita Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, voltaram para o Quênia na última terça-feira (23) e foram recepcionados por seus amigos, familiares e um conjunto de bateristas burundianos.

A festança pelo regresso para casa já no aeroporto internacional de Nairóbi surpreendeu os cinco corredores, que saíram em disparada para abraçar seus parentes, amigos e os membros da equipe da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

“É maravilhoso rever minha família e ter a oportunidade de celebrar com eles tudo que acabamos de realizar”, disse Yiech Pur Biel, de 21 anos, que competiu nos 800 metros do atletismo. “A experiência como um todo foi fantástica. Mas para mim, o momento mais marcante foi conhecer campeões e competir com campeões. Além disso, nós tivemos a oportunidade de mostrar ao mundo que os refugiados estão fazendo algo muito positivo, e as pessoas saberão quem nós somos”, disse.

“Na verdade, quando conhecemos pessoas de todas as partes do mundo, vemos que somos todos iguais, ainda que estejamos vivendo em situações distintas”.

Anjelina Nadai Lohalith, de 21 anos, correu 1.500 metros e admitiu ter ficado nervosa ao entrar no Maracanã na cerimônia de abertura.

“Para mim, conhecer pessoas do mundo inteiro foi a melhor parte de ter ido para o Rio”.

“Quando me posicionei na linha de partida pela primeira vez, antes da largada, eu estava apavorada”, disse ela sorrindo. “Mas todos foram tão amigáveis, tão encorajadores. Para mim, conhecer pessoas do mundo inteiro foi a melhor parte de ter ido para o Rio”.

Lohalith deixou o Sudão do Sul há mais de 15 anos e não viu sua família desde então. Ela disse que agora que voltou para o Quênia, a experiência que teve no Rio fez com que ela se percebesse capaz de alcançar qualquer objetivo.

“Agora meu foco é apenas encontrar uma forma de ver a minha família novamente”, disse.

Os atletas sul-sudaneses integraram uma equipe composta por dez atletas refugiados de quatro diferentes países, que competiram juntos como a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados. Os cinco atletas retornarão ao centro de treinamento em uma cidade ao norte de Nairóbi, onde continuarão assistidos por Tegla Leroupe, uma medalhista olímpica queniana. Todos disseram que querem seguir treinando e competindo. “Treinar e trabalhar com seriedade pode nos levar longe”, disse Rose Nathike Lokonyen, de 23 anos, que correu os 800 metros no Rio. Ao lado dela, Lohalith sorriu e acrescentou: “E isso foi só o começo”.