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Conheça 10 refugiadas que lideram iniciativas contra a COVID-19 no mundo

Comunicados à imprensa

Conheça 10 refugiadas que lideram iniciativas contra a COVID-19 no mundo

3 Março 2021
© ACNUR

Ao redor do mundo, mulheres e meninas seguem desempenhando um papel vital no combate ao coronavírus. Neste Dia Internacional das Mulheres, cujo tema é Mulheres na liderança: alcançando um futuro igual em um mundo com COVID-19, celebramos as histórias e atitudes de mulheres refugiadas em tempos de pandemia.


Ismênia, Fezzeh, Rita, Amina, Carmen, Midia, Sidra, Narjis, Afsaneh e Ferida não se conhecem e tampouco moram no mesmo país - mas elas compartilham jornadas parecidas. Além de terem sido forçadas a deixar suas casas para trás e encontrado segurança em outras terras, elas superaram os complexos desafios impostos pela pandemia de COVID-19 e fizeram a diferença nas comunidades que as acolheram. Conheça suas histórias:

Ismênia, refugiada venezuelana no Brasil

A venezuelana Ismenia trabalha diariamente para garantir a proteção da população que vive no abrigo Rondon 1, em Boa Vista © ACNUR/Tainanda Soares

"Temos que nos isolar para o bem maior de todos, para evitar que essa pandemia continue. É difícil, mas não impossível. Temos que encontrar estratégias para manter nossas mentes ocupadas".

A venezuelana Ismenia tem 46 anos e, antes de se mudar para Brasília, morava em Rondon 1, abrigo em Boa Vista apoiado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Ismenia teve câncer de tireoide e deixou a Venezuela por não conseguir encontrar tratamento médico adequado. Sem opção, ela também deixou para trás o marido, filhos e a carreira como enfermeira.

Com a chegada do novo coronavírus, a líder comunitária foi recrutada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma nobre missão: garantir que outros moradores do abrigo Rondon 1 seguissem corretamente recomendações de higiene para proteger todos contra o novo coronavírus.

Confira a história completa de Ismênia.

 

Fezzeh, refugiada afegã no Irã 

Dra. Feezeh Hosseini em seu consultório no centro de saúde Razi, onde é médica-chefe © ACNUR / Mohammad Hossein Dehghanian

“Essas ligações telefônicas se tornaram uma maneira inestimável de alcançar quem está em isolamento e que pode precisar de aconselhamento e serviços médicos”.

Fezzeh, de 38 anos, é a primeira e única médica refugiada em Esfahan, Irã, lar de aproximadamente cinco milhões de habitantes, incluindo mais de 100.000 refugiados.

A médica foi nomeada para liderar o programa público de conscientização sobre o coronavírus no local. Além das funções que já exerce como médica chefe do centro de saúde Razi, em Khomeini-Shahr (uma área de Esfahan), ela agora fornece consultas por telefone a pacientes iranianos e afegãos que estão contaminados pela COVID-19 ou correm o risco de contraí-la.

Durante essas ligações, Fezzeh e sua equipe conversam com pacientes que apresentam sintomas de COVID-19 e com pacientes que testaram positivo para o vírus, mas que não estão doentes o suficiente para serem hospitalizados. Antes de voltar para casa, a equipe fala com outras famílias sobre precauções de saúde e higiene para evitar que outros familiares sejam contaminados.

Conheça a história completa de Fezzeh.

 

Rita, refugiada ugandense no Quênia

Rita Brown, uma refugiada de Uganda e instrutora de yoga, faz uma pose de ioga em seu complexo no campo de Kakuma, no Quênia. © ACNUR/Samuel Otieno

“O yoga me mudou e fez eu me sentir importante, é por isso que quero mudar a vida de outras pessoas por meio dessa prática”.

Antes da pandemia de COVID-19, Rita dava aulas presenciais para refugiados e trabalhadores humanitários no campo de refugiados de Kakuma e no assentamento Kalobeyei, vizinho, que abriga 200.000 pessoas. Desde que foram impostas algumas medidas de distanciamento físico, ela tem feito as aulas online por meio do Zoom e do Facebook, atingindo um público ainda mais amplo e diversificado.

Para ela, a prática de yoga tornou-se mais do que um exercício de bem-estar físico: é o que a move e a faz seguir em frente. Durante a pandemia de COVID-19, ela foi um pilar essencial para promover a saúde mental para seus alunos.

Conheça a história completa de Rita.

 

Amina, refugiada somali no Quênia

A professora refugiada da Somália, Amina Hassan, dá uma aula de inglês para alunos da quinta série pelo rádio no campo de Dadaab, no Quênia. © ACNUR / Jimale Abdullahi

“Eu acredito que eles estão aprendendo, embora eu não possa vê-los”.

Em tempos normais, Amina Hassan ministrava aulas para sua classe de cerca de 100 crianças em uma escola no enorme campo de refugiados de Dadaab, no leste do Quênia. Hoje em dia, ela teve que se tornar locutora de um dos programas de rádio mais incomuns do mundo.

Amina fez uso das ondas de rádio para transmitir aulas para sua turma do 5º ano em uma estação comunitária chamada Rádio Gargaar, que significa “ajuda” ou “assistência” em somali. “Às vezes, eles me ligam no estúdio para fazer perguntas”, conta.

Conheça mais sobre a história de Amina.

 

Carmen, refugiada venezuelana no Peru

No Peru, a médica venezuelana Carmen Parra faz parte de uma equipe que trabalha nas ambulâncias e que visita pacientes suspeitos de COVID-19 em suas casas e transporta aqueles que estão gravemente doentes para o hospital © Cortesia de Carmen Parra

“Estou feliz em trabalhar, usar minhas habilidades e apoiar as pessoas que precisam”.

Há meses, Carmen Parra trabalha em turnos de 12 e 24 horas. Ela é parte de uma equipe de ambulâncias no Peru que visita pacientes com suspeita de COVID-19 em suas casas, e transporta aqueles que estão gravemente doentes para o hospital.

Conheça mais sobre a história de Carmen.

 

Midia, refugiada síria no Líbano

Depois de fazer um curso virtual de fabricação de sabão, a refugiada síria Midia Said Sido produz sabão em casa para seus filhos e outros refugiados na comunidade onde vive, no sul do Líbano © ACNUR / Houssam Hariri

“Mais do que nunca, precisamos de sabão”.

Como forma de contribuir, Midia Said Sido está fazendo sabão para que seus filhos e outros refugiados sírios que vivem em sua comunidade no sul do Líbano possam lavar as mãos regularmente e reduzir a propagação do vírus. “Mais do que nunca, precisamos de sabão”, ressalta.

Em Alepo, Midia costumava assistir seus pais ferverem ingredientes para fazer o famoso sabonete de louro da região. Por meio de um curso oferecido pelo ACNUR no Líbano, ela aprendeu a usar um processo a frio para fazer sabão em casa. Quando perguntada se ela gostaria de contribuir com os esforços de prevenção ao coronavírus produzindo sabão medicinal, ela rapidamente concordou e ingressou em uma sessão de treinamento on-line.

Conheça mais sobre a história de Midia.

 

Sidra, refugiada síria na Jordânia

Enquanto as escolas permanecem fechadas no campo de refugiados de Za\'atari, na Jordânia, a refugiada síria Sidra Median Al-Ghothani, de 14 anos, tem ajudado seu irmão mais novo e os filhos de seu vizinho a estudar em casa © ACNUR / Shawkat Al-Harfoosh

“Mas muitos estudantes precisam de ajuda com esses métodos de ensino (e-learning), e seus pais não podiam apoiá-los. Então eu me ofereci para ensinar os filhos dos meus vizinhos”.

A refugiada síria Sidra Median Al-Ghothani, 14 anos, que vive no campo de refugiados de Za’atari, na Jordânia, mostra que a idade não é uma barreira para desempenhar um papel na resposta à pandemia. A jovem aspirante a professora acredita que a educação “constrói a personalidade humana” e não queria ver seu irmão mais novo e os filhos de seu vizinho ficarem para trás nos estudos quando as escolas no campo fecharam devido ao coronavírus.

Conheça mais sobre a história de Sidra.

 

Narjis, ex-refugiada iraquiana na Nova Zelândia

A ex-refugiada e apresentadora de rádio iraquiana Narjis Al-Zaidi, de 20 anos, compartilha informações sobre a COVID-19 com seus ouvintes em Wellington, Nova Zelândia © ACNUR / Kodrean Eashae

“Ter um passado como refugiado pode parecer solitário por si só (...) Queríamos manter nossos ouvintes informados".

Conscientizar os refugiados que vivem em Wellington, capital da Nova Zelândia, requer uma abordagem diferente. A ex-refugiada iraquiana Narjis Al-Zaidi, 20 anos, é uma estudante universitária e apresentadora de um programa de rádio chamado “Voice of Aroha”, que visa criar uma plataforma inclusiva para que pessoas de diferentes origens, sejam refugiadas ou não-refugiadas, compartilhem suas opiniões e experiências.

Ela e seus co-apresentadores começaram a conversar sobre a COVID-19 com os ouvintes e compartilhar informações com eles pelas redes sociais quando perceberam que orientações oficiais não estavam disponíveis em idiomas como árabe, amárico, farsi e espanhol, ou acessíveis para aqueles que não eram alfabetizados digitalmente.

Conheça mais sobre a história de Narjis.

 

Afsaneh, refugiada iraniana na Sérvia

Afsaneh, uma refugiada do Irã, dá aulas online de persa para estudantes na Sérvia, onde agora vive © ACNUR / A.Bergazar

O aprendizado de idiomas teve um papel importante na vida de Afsaneh. Ela nasceu no Irã e cresceu falando persa. Quando adulta, tornou-se professora de inglês. Em 2018, chegou na Sérvia como refugiada e começou a aprender sérvio.

Agora ela está praticando suas habilidades linguísticas da melhor forma: durante a pandemia de COVID-19, ela está ensinando persa para o país que a acolheu.

Conheça a história de Afsaneh.

 

Ferida, refugiada sul-sudanesa na República Democrática do Congo

Ferida, uma refugiada do Sudão do Sul, do lado de fora de sua casa no assentamento de Bele, na República Democrática do Congo, com sua estação de lavagem de mãos © ACNUR / Jean-Jacques Soha

“Dessa forma, meus filhos e qualquer pessoa que visite minha casa podem lavar as mãos a qualquer momento".

Ferida, refugiada sul-sudanesa, encontrou uma maneira inusitada de garantir que todos os refugiados no assentamento de Bele, na República Democrática do Congo (RDC), possam lavar as mãos. Usando materiais recicláveis como pedaços de madeira, recipientes velhos, cordas e cabos, ela criou uma torneira improvisada que garante água para os outros moradores.

Conheça a história completa de Ferida.


O ACNUR segue atuando no Brasil e no mundo para proteger refugiados, pessoas deslocadas e comunidades que os acolhem do novo coronavírus.

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