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Crise humanitária agrava-se no norte do Iêmen

Comunicados à imprensa

Crise humanitária agrava-se no norte do Iêmen

Crise humanitária agrava-se no norte do IêmenMais de 35 mil pessoas foram deslocadas recentemente no norte do Iêmen devido aos conflitos armados entre as forças do grupo Al-Huti e as tropas do governo, informou o ACNUR.
1 Setembro 2009

GENEBRA, 1 de setembro (ACNUR) – Mais de 35 mil pessoas foram deslocadas recentemente no norte do Iêmen devido aos conflitos armados entre as forças do grupo Al-Huti e as tropas do governo, informou em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Desde 2004, o conflito neste país já causou o deslocamento forçado de 150.000 pessoas.

“Uma crise humanitária se desenrola na cidade de Sa'ada, onde a situação se deteriora a cada dia. Estamos seriamente preocupados com o destino e o bem-estar da população civil presa na cidade”, informou o porta-voz do ACNUR, Andrej Mahecic.

De acordo com relatos de funcionários do ACNUR e de pessoas que conseguiram fugir da cidade sitiada, a luta parece estar concentrada na parte antiga da cidade de Sa'ada, que também sofre com freqüentes ataques aéreos. As pessoas estão fugindo para outras partes da cidade à procura de abrigo e assistência, com impacto sobre vizinhos, amigos e parentes que já estão com recursos escassos.

Um toque de recolher de 12 horas ainda está em vigor restringindo a circulação dos moradores e dos deslocados internos, principalmente durante a noite, informou o ACNUR. Os estoques de alimentos estão acabando e os preços do mercado paralelo têm aumentado dramaticamente na maior parte dos distritos afetados pelos combates.

“Aqueles que podem pagar os traficantes são levados para fora da cidade de Sa'ada, através das montanhas, para a vizinha província de Al-Jawaf. O ACNUR ainda não tem acesso à esta parte do Iêmen, onde se estima que cerca de 4.000 deslocados internos encontraram abrigo”, disse Andrej Mahecic.

Apesar dos combates contínuos, os parceiros locais do ACNUR registraram 2.200 famílias deslocadas na cidade de Sa'ada e em vilas próximas. No entanto, a falta de segurança está a impedir uma distribuição de itens de ajuda humanitária a 370 famílias deslocadas vulneráveis que já tinha sido programada.

De acordo com o porta-voz do ACNUR, a prioridade da agência da ONU para refugiados é a abertura de corredores humanitários que permitam a saída de civis da zona de conflito e a entrega de ajuda humanitária para milhares de pessoas deslocadas naquela região.

Os distritos de Razeh e Shadaa na província de Sa’ada também estão sob bloqueio por causa dos combates, restringindo a circulação de pessoas, bens e serviços. O distrito de Baqem já abriga mais de 3.000 famílias deslocadas. No distrito de Baquim, perto da fronteira com a Arábia Saudita, estima-se que outras 3.000 famílias de Sa'ada encontraram abrigo. O ACNUR está em contato com as autoridades do Iêmen e Arábia Saudita enquanto se prepara a transferência destas pessoas.

“Precisamos urgentemente US$ 5 milhões para atender à emergência no norte do Iêmen. Estes fundos nos permitirão fornecer proteção e assistência para cerca de 70 mil pessoas nos próximos quatro meses em Sa'ada e outras províncias afetadas, como Malaheet, Hajjah e Amran”, afirmou o porta-voz do ACNUR.

A agência da ONU para refugiados também fez um apelo à generosidade da comunidade internacional e da muçulmana, em particular, para diminuir o sofrimento dos iemenitas deslocados pelos combates recentes, especialmente durante o mês sagrado do Ramadã, um período de solidariedade e de partilha.