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Crise na Líbia piora e chefe do ACNUR reitera a necessidade de aumentar a assistência humanitária

Comunicados à imprensa

Crise na Líbia piora e chefe do ACNUR reitera a necessidade de aumentar a assistência humanitária

Crise na Líbia piora e chefe do ACNUR reitera a necessidade de aumentar a assistência humanitáriaDurante uma visita a Trípoli, Filippo Grandi, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, reitera que a agência precisa aumentar sua presença na Líbia, onde 1,3 milhão de pessoas precisam de ajuda humanitária.
25 May 2017

TRIPOLI, Líbia, 25 de maio de 2017 – O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, está levantando possibilidades para aumentar sua presença e de seus programas na Líbia, por conta da crise humanitária que está crescendo no país, decorrente de conflitos, insegurança, instabilidade política e do colapso na economia.

O anúncio foi feito no domingo (21) pelo Alto Comissário da ONU para Refugiados durante sua visita a Trípoli, onde encontrou oficiais do governo e visitou um centro penitenciário que mantém refugiados e migrantes.

“Fiquei chocado com as condições severas nas quais os refugiados e migrantes são mantidos, geralmente devido à falta de recursos”, conta Grandi. “Crianças, mulheres e homens que sofreram tanto não deveriam ter que passar por mais angústia”.

A revolta que destituiu Muammar Gaddafi em 2011 causou transtornos violentos que já duram mais de cinco anos.

Cerca de 300.000 líbios foram deslocados por conta do atual conflito. Ao todo, mais de 1,3 milhão de pessoas, incluindo deslocados internos, migrantes, refugiados, solicitantes de refúgio e comunidades acolhedoras precisam urgentemente de assistência humanitária.

Problemas relacionados a contrabando tornaram-se mais frequentes, não somente por conta da instabilidade contínua e da localização da Líbia, mas também porque os contrabandistas se alimentam do desespero dos refugiados e dos migrantes que querem atravessar o mar Mediterrâneo para chegar na Europa. Mais de 1.364 homens, mulheres e crianças desapareceram ou morreram ao tentar fazer essa viagem.

Grandi testemunhou em primeira mão o impacto da crise no centro penitenciário em Trípoli, um dos doze no país para onde algumas das pessoas que tentam fazer a perigosa travessia do Mediterrâneo acabam sendo direcionadas.

Na visita de um dia a Trípoli, o Alto Comissário também se encontrou com oficiais do governo para discutir quais serão os caminhos práticos para enfrentar a crescente crise.

O ACNUR também vai continuar sua estreita parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e outras agências humanitárias na Líbia para ajudar as autoridades a gerir melhor os fluxos migratórios e de refugiados no país – algo que Grandi acredita ser fundamental.

“Já estamos em ação para oferecer ajuda e faremos muito mais”, conta Grandi. “Porém, estes padrões de migração são muito complexos – e tratar a raiz do problema, como a pobreza, é essencial. Também precisamos fortalecer a forma com a qual os países de trânsito lidam com os fluxos. As pessoas chegam aqui por devido a uma variedade de problemas em outros lugares”.

Desde a saída de Gaddafi em 2011, centenas de milhares de pessoas na Líbia foram afetadas pelo colapso da lei e ordem, pelo sistema de saúde inadequado e pela falta de outros elementos essenciais, como comida, água potável, abrigo e educação.