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Dados revelam impactos da emergência climática no deslocamento forçado

Comunicados à imprensa

Dados revelam impactos da emergência climática no deslocamento forçado

18 Agosto 2021
Com a aproximação do furacão Eta, um homem caminha por uma rua inundada em Tela, Honduras (3 de novembro de 2020). © Reuters/Jorge Cabrera

Os impactos das mudanças climáticas estão sendo sentidos em todo o mundo, mas os países que lutam com conflitos, pobreza e altas taxas de deslocamento forçado estão enfrentando alguns dos efeitos mais graves.

Do Afeganistão à América Central, secas, inundações e outros eventos climáticos extremos estão atingindo pessoas menos preparadas para se recuperar e se adaptar.

No Dia Mundial Humanitário, o ACNUR lança a versão em português do painel: “Deslocados na linha de frente da emergência climática.” Os números mostram como o aquecimento global aumenta os riscos para pessoas que já vivem em regiões de conflitos e instabilidade, levando a mais deslocamentos e, muitas vezes, diminuindo as possibilidades de retorno.

Desastres relacionados às mudanças climáticas podem acentuar a pobreza, a insegurança alimentar e o acesso a recursos naturais, levando à instabilidade e à violência. A visualização de dados olha para o exemplo do Afeganistão, onde secas e inundações recorrentes, combinadas a décadas de conflito e deslocamento, deixaram milhões de pessoas vulneráveis ​​à fome este ano.

Moçambique está passando por uma confluência semelhante de conflitos e desastres múltiplos com um ciclone após o outro atingindo a região central do país, enquanto o aumento da violência e de turbulências ao norte deslocam centenas de milhares de pessoas.

Muitos dos países mais sujeitos aos impactos das mudanças climáticas já abrigam um grande número de pessoas refugiadas e deslocados internos. Em Bangladesh, mais de 870 mil refugiados Rohingya que fugiram da violência em Mianmar estão agora vulneráveis a ciclones e inundações cada vez mais frequentes e intensos.

“Esperar que ocorra um desastre não é uma opção”

O ACNUR está trabalhando para reduzir os riscos que eventos climáticos extremos representam para pessoas refugiadas e deslocados internos. Em Bangladesh, a Agência trabalha com parceiros para plantar árvores de rápido crescimento em regiões dos campos de refugiados que são propensas a deslizamentos de terra durante as tempestades de monções, e distribui fontes alternativas de energia à lenha de cozinha.

Cerca de 40 países participaram virtualmente da Cúpula de Líderes sobre o Clima organizada pelo Presidente Joe Biden entre 22 e 23 de abril. O ACNUR pede que todos os Estados intensifiquem suas ações para combater as mudanças climáticas e prover proteção e assistência às pessoas deslocadas por esses efeitos.

“Precisamos investir agora na preparação para mitigar as necessidades futuras de proteção e evitar mais deslocamentos causados ​​por mudanças climáticas”, afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, no início deste ano.

“Esperar que ocorra um desastre não é uma opção.”