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Dia Mundial do Refugiado no Chile: Palácio da Moeda foi pintado de azul e Bachelet se encontrou com refugiados

Comunicados à imprensa

Dia Mundial do Refugiado no Chile: Palácio da Moeda foi pintado de azul e Bachelet se encontrou com refugiados

Dia Mundial do Refugiado no Chile: Palácio da Moeda foi pintado de azul e Bachelet se encontrou com refugiadosAs duas iniciativas foram organizadas pelo ACNUR em parceria com o Departamento de Extranjería y Migración (DEM) do Ministério do Interior e a Fundación de Ayuda Social de las Iglesias Cristianas (FASIC).
17 Julho 2017

SANTIAGO, Chile, 17 de julho de 2017 – Na manhã do dia 20 de junho, a presidenta Michelle Bachelet caminhou até o salão Montt Varas do Palácio Presidencial “La Moneda”. Na sala ao lado, esperavam por ela cerca de quarenta pessoas refugiadas no Chile provenientes da Colômbia, Peru, Afeganistão, República Democrática do Congo e Síria.

A ocasião se tratou de um café da manhã oficial oferecido pelo Palácio da Moeda em comemoração ao Dia Mundial do Refugiado. A presidenta Bachelet se sentou junto com Delfina Lawson, chefe do escritório do ANCUR no Chile – e de duas famílias refugiadas provenientes da Colômbia que tiveram a oportunidade de compartilhar suas histórias de integração local no país. Em seguida, a dirigente cumprimentou, uma por uma, todas as famílias presentes no evento.

“Somos uma nação de migrantes e também de refugiados, porque muitas pessoas que chegaram neste país, ao longo de nossa história, vieram fugindo de conflitos, perseguições, guerras e escassez”, afirmou Bachelet em seu discurso. “Neste Dia Mundial do Refugiado, comemorado oficialmente em nosso país desde o ano passado, quero expressar a cada um de vocês a profunda solidariedade e carinho do povo chileno, e desta presidenta que sabe por experiência própria o que é viver em exílio, como muitos outros”, acrescentou.

Também esteve presente no evento a subsecretária de direitos humanos e os ministros do interior, de desenvolvimento social e a ministra secretária geral do governo.

Posteriormente, a voz das pessoas refugiadas foi representada por Natália, uma jovem colombiana de 21 anos, que afirmou que “não é fácil deixar para trás a terra em que crescemos, os amigos e a família. Entretanto, muitas vezes trata-se de uma decisão necessária para seguir vivendo e para proteger nossos entes queridos”. Em seguida, Natália – que pratica natação e compete de forma profissional – agradeceu ao Chile “porque este país nos deu asas para sonhar e cumprir nossas metas”.

A jornada de comemorações chegou ao fim na tarde deste mesmo dia, quando a frente do Palácio da Moeda foi pintada de azul – a cor que representa o ACNUR – e na fachada foi projetada a hashtag da campanha #ComOsRefugiados, que pede aos governos que trabalhem de forma conjunta pelas pessoas refugiadas. Sobre isso, a presidenta Bachelet destacou “a comunidade internacional, e cada país em particular, deve fazer o máximo esforço para alcançar a paz e garantir condições de vida dignas para todos os habitantes do nosso planeta. O trabalho, neste sentido, nunca será suficiente, mas temos que nos esforçar ao máximo para alcança-lo”.

Vale ressaltar que no Chile existem cerca de 5.000 pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio, a maioria delas provenientes da Colômbia. Neste país, o Dia Mundial do Refugiado se comemora de forma oficial pela Lei N° 20.896, estabelecida em 2016.