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Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR Barbara Hendricks visita Etiópia

Comunicados à imprensa

Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR Barbara Hendricks visita Etiópia

Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR Barbara Hendricks visita EtiópiaEmbaixadora da Boa Vontade do ACNUR e renomada soprano, Barbara Hendricks está viajando pela Etiópia para chamar a atenção para os milhares de refugiados no país.
26 Outubro 2010

JIJIGA, Etiópia, 26 de outubro (ACNUR) – Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR e renomada soprano, Barbara Hendricks está viajando pela Etiópia para chamar a atenção para os milhares de refugiados vivendo em campos no oeste do país.

Na segunda-feira, Hendricks, que é a Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR há mais tempo em serviço, viajou para a cidade de Jijiga, próxima da fronteira com a Somália, onde encontrou com cerca de 80.000 refugiados somalis que estão abrigados na Etiópia.

“Espero que minha visita torne mais conhecida esta situação de refúgio tantas vezes esquecida,” disse Hendricks. “Nos meus 24 anos trabalhando em nome do ACNUR eu raramente vi histórias tão fortes quanto as que ouvi nos campos.”

Entre aqueles que a cantora conheceu estava Idil Sahal Hassan, que chegou com seus filhos ao campo Sheder, em Jijiga, há duas semanas. Ela contou como seu marido havia morrido em uma explosão no hotel Mogasdishu, onde ele trabalhava, e como seu filho mais velho havia sido morto a tiros por membros de uma milícia de oposição ao governo. Fugindo com seus outros filhos, ela chegou ao campo administrado pelo ACNUR exausta e destituída de tudo. As condições no campo são precárias, ela disse a Hendricks, mas ela afirmou ser grata por ter escapado da violência e da morte que era parte de seu quotidiano no seu país.

“Se ela não desiste, como eu poderia pensar nisso?” disse Hendricks. “A dignidade e a coragem dos refugiados ficarão comigo.”

Quase 3.000 refugiados somalis atravessaram a fronteira com para a Etiópia este ano para escapar da violência que está destruindo sua terra natal. O campo Sheder é o mais recente, construído ao oeste da Etiópia, e com refugiados chegando diariamente há uma constante necessidade de recursos adicionais.

A água é escassa. Cuidados médicos e facilidades educacionais não atendem às demandas da crescente população de refugiados. A população local também sofre na árida região do país; a ajuda do ACNUR também é estendida para as comunidades de abrigo. Ainda assim, faltando apenas dois meses para o fim do ano, o ACNUR recebeu apenas metade do que foi pedido à comunidade de doadores.

“Os requerimentos básicos dos refugiados e das comunidades de abrigo estão sendo preenchidos,” disse Hendricks. “Mas claramente as necessidades são maiores que os recursos disponíveis.”

Para os jovens nos campos há pouco para mantê-los ocupados. Oportunidades educacionais depois do ensino primário são limitadas, assim como empregos ou capacitação profissional.

O líder da juventude, Hasan Mohammad, chegou ao campo de Aw Barre há três anos, vindo de Mogadishu. “Precisamos mais do que proteção,” ele afirmou. “Precisamos de ajuda para esquecer o que passamos e de esperança para podermos ter uma vida com significado.”

Sem perspectivas de retorno seguro ou plena integração local, o ACNUR está pedindo mais oportunidades de reassentamento para aliviar o sofrimento dos refugiados somalis e para aliviar o fardo da Etiópia, que tem demonstrado hospitalidade com os refugiados há décadas.

A Etiópia abriga mais de 140.000 refugiados, sendo o maior grupo vindo da Somália, seguido pela Eritréia e pelo Sudão.