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Equador: ACNUR entrega ajuda de emergência nas zonas mais duramente atingidas pelo terremoto

Comunicados à imprensa

Equador: ACNUR entrega ajuda de emergência nas zonas mais duramente atingidas pelo terremoto

Equador: ACNUR entrega ajuda de emergência nas zonas mais duramente atingidas pelo terremotoA Agência da ONU para Refugiados tem distribuído tendas e lonas às pessoas que perderam suas casas em razão do mais forte terremoto que atingiu o Equador em décadas.
22 Abril 2016

CHAMANGA, Equador, 22 de abril de 2016 (ACNUR) – A Agência da ONU para Refugiados tem distribuído tendas e lonas às pessoas que perderam suas casas em razão do mais forte terremoto que atingiu o Equador em décadas, causando a morte de centenas de pessoas, destruindo edifícios e gerando cortes de energia elétrica.

O terremoto de magnitude 7,8 atingiu a costa pacífica do Equador no sábado passado, 16 de abril, causando a morte de pelo menos 500 pessoas e deixando mais de 4.000 feridos. 

Duas equipes do ACNUR chegaram a Chamanga e Pedernales, os locais mais gravemente afetados pelo terremoto, na província de Esmeraldas, antecipando uma robusta resposta de emergência administrada pelo governo equatoriano e incrementada com chegada de um carregamento aéreo de ajuda.

Trabalhando em conjunto com as autoridades equatorianas, as equipes do ACNUR já entregaram 400 tendas e lonas de plástico para famílias em Chamanga, onde 570 casas foram destruídas, deixando mais da metade da população, de 5.000 habitantes, sem abrigo. Na sequência, as equipes do ACNUR seguiram para a região de Canoas, onde entregaram outras 20 tendas e lonas de plástico.

“Dois muros colapsaram e a casa se dividiu ao meio”, disse Albeiro Sánchez*, um refugiado colombiano de aproximadamente 40 anos, cuja família, com seis filhos, ficou sem teto em consequência do terremoto devastador. “Agora estamos ficando na casa de uma sobrinha, mas não temos nenhum lugar para ir, ou onde deixar nossas coisas”.

Enquanto tremores secundários continham atingindo a região, os moradores seguem assustados. As autoridades nacionais estão particularmente preocupadas com o acesso à água potável e a disponibilidade de tendas, no momento que se inicia a estação chuvosa.

“Ainda que as circunstâncias permaneçam críticas, estamos vendo uma grande solidariedade”, disse Andrea Ingham, chefe do escritório local do ACNUR em Esmeraldas. “Durante nossa visita, um caminhão pipa chegou, carregado com água da cidade de Atacames, graças a iniciativa de um hotel do local. Muitas outras pessoas chegaram oferecendo comida ou outro tipo de ajuda”.

Em torno de mais de 250 voluntários e voluntários de diferentes idades, residentes em Quito, organizados pelo Ministério da Inclusão Econômica e Social (MIES), apoiaram no descarregamento e carregamento das 100 toneladas de materiais de primeira necessidade destinados e a ajudar as pessoas afetadas.

"É surpreendente a grande solidariedade das pessoas que nos permitiu descarregar toneladas de esperança em tempo recorde para os mais necessitados. Sem a ajuda destas pessoas e a colaboração das instituições do Estado não teria sido possível alcançar este objetivo", disse Maria Clara Martin, Representante do ACNUR no Equador.

Respondendo a um pedido de ajuda do Governo do Equador, um caminhão carregado com itens de ajuda humanitária emergencial saiu sábado passado de Copenhague, onde se encontra o centro logístico global do ACNUR, com destino a Quito. A ajuda enviada inclui 900 tendas e lonas, 15.000 colchonetes, utensílios de cozinha, galões e – para prevenir o vírus Zika e outras doenças transmitidas por mosquito- 18.000 mosquiteiros com repelente.

O objetivo foi começar a distribuição da ajuda desde Quito, em coordenação com as autoridades nacionais, o quanto antes possível, segundo as prioridades estabelecidas a nível local, para apoiar os mais necessitados dentre as 40.000 pessoas afetadas – incluindo refugiados, solicitantes de refúgio e a comunidade local - que vivem nas áreas mais duramente afetadas. O foco de atenção se concentrou na região ocidental do país: nas províncias de Manabí, São Domingo, Esmeraldas e Guayaquil, onde nos últimos dias o ACNUR enviou equipes para dar assistência e apoio à população local, incluindo refugiados, solicitantes de refúgio e residentes que perderam suas casas.

“Com os tremores contínuos no Equador, temos que operar de forma rápida e eficaz para assegurar que as necessidades das comunidades afetadas sejam atendidas”, afirmou a Representante do ACNUR no Equador. “Com este carregamento por via aérea, será proporcionado ajuda da qual existe uma grande necessidade e o ACNUR permanecerá no local com o compromisso de seguir apoiando tanto as pessoas com necessidade de proteção internacional, como as comunidades de acolhimento”.

O Equador abriga a maior população de refugiados da América Latina. Sua população acolheu generosamente mais de 200.000 refugiados e outras pessoas em necessidade de proteção internacional da Colômbia, muitos dos quais estavam morando nas zonas afetadas pelo terremoto, além de outros refugiados de demais nacionalidades. Em 16 de abril o Equador sofreu um terremoto de 7,8 graus, e como consequências (dados oficiais) totalizou 570 mortos, 155 desaparecidos, 7.015 feridos e 24.442 pessoas hospedadas em abrigos. O ACNUR está comprometido em ajudar o Equador e sua população, apoiando tanto os refugiados como as populações de acolhida.

*Nomes trocados por razões de segurança.