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Inundações no Chade afetam 150 mil pessoas, incluindo os refugiados

Comunicados à imprensa

Inundações no Chade afetam 150 mil pessoas, incluindo os refugiados

Inundações no Chade afetam 150 mil pessoas, incluindo os refugiadosInundações no Chade, ao longo dos últimos dois meses têm afetado perto de 150 mil pessoas, e cerca de 70 mil estão desabrigadas porque tiveram suas casas destruídas ...
17 Setembro 2010

N'DJAMENA, Chade, 17 de setembro (ACNUR) - Inundações no Chade, ao longo dos últimos dois meses têm afetado perto de 150 mil pessoas, e cerca de 70 mil estão desabrigadas porque tiveram suas casas destruídas pelas enchentes.

Nas regiões do sul e sudeste do país os campos de refugiados têm sido duramente atingidos pelas enchentes e chuvas, as mais fortes dos últimos 40 anos. O acesso humanitário aos locais onde se encontra a população mais necessitada continua a ser muito difícil porque as estradas e pontes estão destruídas.

Dois campos de refugiados na região sudeste, Yarounga e Moula, estão entre os últimos atingidos pelas chuvas. Grande parte das suas terras recentemente semeadas e cultivadas foi devastada, expondo a população a uma possível falta de alimentos.

Muitos dos abrigos e latrinas também estão com problemas. O início do ano letivo escolar, previsto para o 1 de Outubro, também pode ser adiado, uma vez que os desabrigados ocupam as escolas, temporariamente, enquanto aguardam pelos novos alojamentos.

“Apesar de nossas intervenções emergenciais, cerca de 4.000 refugiados permanecem sem abrigo”, afirmou o porta-voz da ACNUR, Andrej Mahecic a jornalistas em Genebra na ultima sexta-feira. “Nós identificamos dois locais para realocar as pessoas que estão nas áreas alagadas. No entanto, as condições precárias das estradas que levam aos dois campos, fazem a provisão de alimentos e itens de primeiros socorros difícil, os veículos mais pesados ficam atolados”.

Há muitos riscos de saúde por causa das inundações. No caso das latrinas que têm problemas, há um risco de que os resíduos possam se espalhar, e possivelmente causar doenças à população vizinha. A água dos poços subterrâneos, que a ACNUR extrai para o consumo diário dos refugiados, pode também se contaminar.

Em muitos lugares, os mosquitos estão rapidamente se reproduzindo, aumentando a exposição à malária. Em 3 de Setembro, foi declarada a epidemia de cólera e já se somam 41 mortos em todo o país. Para combater os riscos à saúde, a ACNUR tem instruído a população à manter condutas de higiene básica e evitar que as crianças brinquem nas áreas com águas paradas.

Enquanto a assistência da ACNUR se concentra em áreas com refugiados e pessoas desabrigadas, a agência também tem ajudado às famílias locais de aldeias vizinhas. “Nossa ajuda é em apoio às ações emergenciais de assistência do Governo do Chade. Até agora, já providenciamos kits de sobrevivência básica, com cobertores, lonas plásticas, mosquiteiros e colchões de cama há cerca de 3.000 famílias, aproximadamente 15.000 pessoas, no leste e no sul do país”, disse Mahecic.