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Mais de 16.000 pessoas fogem da violência na RDC e procuram abrigo no Congo

Comunicados à imprensa

Mais de 16.000 pessoas fogem da violência na RDC e procuram abrigo no Congo

Mais de 16.000 pessoas fogem da violência na RDC e procuram abrigo no CongoMais de 16.000 civis fugiram da violência étnica no norte da RDC para a vizinha República do Congo, depois de suas aldeias serem incendiadas na semana passada.
6 Novembro 2009

KINSHASA, República Democrática do Congo, 7 de novembro (ACNUR) – Mais de 16.000 civis fugiram da violência étnica no norte da República Democrática do Congo (RDC), cruzando o Rio Oubangui em direção à vizinha República do Congo, depois de suas aldeias serem incendiadas na semana passada.

Uma equipe do ACNUR está agora os visitando, e diz que os 16.100 congoleses requerentes de asilo precisam de abrigo apropriado, comida e utensílios domésticos, como cobertores, itens de cozinha e galões. Uma vez que uma avaliação minuciosa é feita, a Agência da ONU para Refugiados irá trabalhar com o governo da República do Congo para ajudar os refugiados. Alguns também precisam de cuidados médicos, mas uma clínica móvel já sobrecarregada de trabalho, gerida por um parceiro do ACNUR, não pode lidar com todas as necessidades.

Os congoleses estavam escapando de uma disputa entre as etnias Enyele e Munzaya sobre direitos de agricultura e pesca na aldeia de Dongo, na província Equateur, RDC. Um total de 60 pessoas foram mortas e a violência se espalhou para aldeias vizinhas,  várias das quais foram queimadas. Cerca de 40 pessoas foram gravemente feridas; algumas estão em hospitais na República do Congo.

Os requerentes de asilo da RDC, que são Munzayas em sua maioria, estão instalados em prédios públicos ou em comunidades de acolhimento em 11 aldeias ao longo do Rio Oubangui.

Os primeiros confrontos entre os Enyele e os Munzaya aconteceram em março passado, quando mais de 200 casas foram queimadas na vila de Munzaya e mais de 1.200 moradores fugiram para a República do Congo. O ACNUR está seriamente preocupado com a intensidade de violência a sua propagação para vilas vizinhas, que têm sido quase completamente esvaziadas.

Esta última onda de violência, que aconteceu no noroeste da RDC, o terceiro maior país da África, não está relacionada a combates esporádicos no leste, que deslocaram 1.7 milhões de pessoas no país.  

Antes do atual afluxo, já havia aproximadamente 9.000 refugiados da RDC no norte da República do Congo, que haviam procurado proteção da guerra civil em seu país, que terminou formalmente em 2003. Embora um grande número de pessoas tenha voltado para casa na RDC com o restabelecimento da paz, estes 9.000 refugiados desejam instalar-se definitivamente na República do Congo. O ACNUR está trabalhando com o governo local para encontrar formas de tornar isto possível.