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Mais de 46 mil pessoas cruzaram o Golfo de Aden no primeiro semestre de 2013

Comunicados à imprensa

Mais de 46 mil pessoas cruzaram o Golfo de Aden no primeiro semestre de 2013

Mais de 46 mil pessoas cruzaram o Golfo de Aden no primeiro semestre de 2013A Agência da ONU para Refugiados afirmou nesta terça-feira que está preocupada com o crescente número de pessoas que se arrisca atravessando de barco da África para o Iêmen.
6 Agosto 2013

GENEBRA, 6 de agosto de 2013 (ACNUR) – A Agência da ONU para Refugiados afirmou nesta terça-feira que está preocupada com o crescente número de pessoas que se arrisca atravessando de barco da África para o Iêmen. Um recorde de 46 mil chegadas na costa iemenita foi registrado no primeiro semestre de 2013.

O número de solicitantes de refúgio, refugiados e migrantes no Iêmen tem crescido nos últimos seis anos. No ano passado, 107.500 pessoas fizeram a travessia, um recorde. Embora os índices deste ano pareçam baixos – 46.417 de janeiro a junho em comparação a 56.146 no mesmo período de 2012 – a quantidade de chegadas é significativa. Desde 2006, quase meio milhão de pessoas entrou no país por fluxos migratórios mistos.

“Nos últimos dois anos testemunhamos uma grande mudança na população migrante e refugiada que chega ao Iêmen, com mais etíopes fazendo a travessia e relatando a situação difícil em casa”, disse a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, a jornalistas em Genebra.

Anteriormente, refugiados somalis representavam quase um quarto da população que procurava o país. Das pessoas que chegaram ao Iêmen na primeira metade deste ano, 38.827 (84%) são etíopes, enquanto 7.559 (16%) são somalis.

A maioria dos recém-chegados entrou no Iêmen entre fevereiro e março pelo Mar Vermelho. Do total, 34.875 fizeram esta rota marítima – chegando principalmente pela região de Lahije. O restante (11.542) chegou pelo Mar Arábico, especialmente na região de Hadramout.

Refugiados e migrantes são vulneráveis à exploração, violência e abuso sexual em todos os estágios da jornada. Barcos cruzando o Mar Arábico ou o Mar Vermelho no Iêmen estão constantemente superlotados. É comum que os contrabandistas joguem passageiros na água com medo de serem presos, além de ficarem na costa do país para receberem os recém-chegados.

As autoridades iemenitas automaticamente reconhecem os somalis como refugiados. O ACNUR determina a condição de refugiado para etíopes e outras nacionalidades. No entanto, poucos etíopes solicitam o refúgio – muitos porque pretendem seguir viagem, outros por desconhecer o procedimento de refúgio. Como resultado, a maioria fica extremamente vulnerável.

Porém, há evoluções positivas. O número de mortes ou desaparecimentos de refugiados e migrantes caiu consideradamente – cinco pessoas até agora em comparação aos 43 em 2012. No Iêmem, tradicional país de trânsito para os migrantes e que hospeda mais de 240 mil refugiados, o monitoramento da migração é relativamente bem gerido. As autoridades locais tiveram sucesso em localizar e reprimir as operações dos contrabandistas.

Enquanto o ACNUR permanece preocupado com o alto número de solicitantes de refúgio e migrantes chegando ao país a partir do Chifre da África, a agência tem articulado seu trabalho com autoridades locais, além de parceiros nacionais e internacionais. “Juntos estamos trabalhando para melhorar os serviços oferecidos aos refugiados, solicitantes e migrantes, assim como para encontrar soluções duradouras para eles”, disse a porta-voz do ACNUR.

O ACNUR e seus parceiros, como o Crescente Vermelho Iemenita e o Conselho Dinamarquês para Refugiaodo, trabalham diariamente para registrar os recém-chegados e lhes oferecer apoio. A assistência é feita de diversas formas, distribuição de comida e água, prestação de primeiros socorros, transporte para um centro de trânsito e recepção – onde são fornecidas refeições quentes, um pacote de boas-vindas, roupas, acomodação e aconselhamento.