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Mais de um milhão de refugiados viajam à Grécia desde 2015

Comunicados à imprensa

Mais de um milhão de refugiados viajam à Grécia desde 2015

Mais de um milhão de refugiados viajam à Grécia desde 2015Mais de um milhão de pessoas, a maioria refugiados sírios, iraquianos e afegãos, cruzaram a fronteira de entrada na Grécia desde o início de 2015.
16 Março 2016

GENEBRA, 16 de março (ACNUR) – A Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) disse nesta semana que mais de um milhão de pessoas, a maioria refugiados sírios, iraquianos e afegãos, cruzaram a fronteira de entrada na Grécia desde o início de 2015.

O ACNUR aproveitou este marco para estabelecer um lembrete urgente sobre a necessidade de uma abordagem mais coordenada para a gestão do fluxo de pessoas que fogem da guerra e da perseguição e suas respectivas proteções.

A agência tem apelado repetitivamente para governantes europeus, e da União Europeia, por uma liderança forte e visão de longo prazo para resolver o que Filippo Grandi, o Alto Comissário da ONU para Refugiados, chamou de “tanto uma crise de solidariedade europeia quanto uma crise de refugiados”.

De acordo com o ACNUR, os últimos dados mostraram que até 14 de março de 2016, mais de 143.634 pessoas haviam viajado para a Grécia da Turquia apenas neste ano. No total, o número de pessoas que chegaram à Grécia tanto por mar quanto por terra desde primeiro de janeiro de 2015 é de 1.000.357 pessoas.

Até o momento, 448 pessoas morreram afogadas ou desapareceram tentando alcançar a segurança na Europa este ano, em comparação com o total de 3.771 óbitos registrados no ano passado. Para mais informações atualizadas sobre a crise de refugiados, clique aqui (em inglês).

Anteriormente o ACNUR havia relatado que mais de um milhão de pessoas chegaram à Europa no ano passado, mas esse número incluía as chegadas pela rota do Mediterrâneo, partindo da Líbia para a Itália.

Os novos números mostram que mulheres e crianças agora compõem cerca de 60% das chegadas pelo mar, comparado com um índice inferior a 30% em junho de 2015.

Embora as autoridades gregas e os militares tenham aumentado suas respostas, milhares de pessoas estão dormindo ao relento sem que tenham serviços adequados de recepção, ajuda e informação.

Os números mais recentes chegaram enquanto a enviada especial do ACNUR, Angelina Jolie Pitt, visitava a Grécia em nome da ONU. A missão da enviada especial se concentrará sobre a situação humanitária de milhares de famílias de refugiados na Grécia. Para mais informações sobre a visita da enviada especial, clique aqui (em inglês).

Jolie Pitt pediu que os governos mundiais mostrem liderança na resposta à maior crise de refugiados síria e do mundo, durante sua visita ao Vale de Bekaa, no Líbano, no marco do quinto aniversário do início do conflito na Síria.

O conflito, que já entra em seu sexto ano, tem alimentado a pior crise humanitária do nosso tempo, com 4,8 milhões de sírios forçados a procurar refúgio nos países vizinhos e mais 6,6 milhões de deslocados no interior do país.

"No dia de hoje, no marco do quinto ano do conflito na Síria, é onde eu esperava estar agora - na Síria, ajudando o ACNUR com aquelas pessoas que retornaram e prestar assistência às famílias que conheci para serem capazes de voltar para suas casas. É trágico e vergonhoso que ainda parecemos estar tão longe deste ponto," disse a enviada especial a uma coletiva de imprensa.

Ela pediu aos governos para encontrarem soluções diplomáticas para a crise, e se atentar para outras medidas que eles podem implementar para proporcionar segurança para aqueles que fogem da perseguição e da guerra.

"Estamos em um momento excepcionalmente difícil internacionalmente, quando as consequências da crise de refugiados parecem estar superando a nossa vontade e capacidade e até mesmo a nossa coragem para as responder devidamente."

A enviada especial afirmou que "não podemos gerir o mundo através de ajudas que apenas amenizem a situação ao invés de diplomacia e soluções políticas", acrescentando que "não é um tempo para a emoção, mas sim para a razão, tranquilidade e visão futura."

"A liderança nesta situação requer fazer mais que a simples proteção de fronteiras ou a propensão de mais ajuda", disse Angelina. "Meu apelo é para que precisamos de governos de todo o mundo mostrem liderança, que analisem a situação para entender exatamente o que seus países podem fazer, quantos refugiados podem ajudar e de que forma".