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Marinha italiana resgata 6.000 pessoas atravessando o Mediterrâneo em quatro dias

Comunicados à imprensa

Marinha italiana resgata 6.000 pessoas atravessando o Mediterrâneo em quatro dias

Marinha italiana resgata 6.000 pessoas atravessando o Mediterrâneo em quatro diasA marinha italiana resgatou cerca de 6.000 pessoas, nos últimos quatro dias, que partiram sozinhas da Líbia em barcos superlotados.
14 Abril 2014

GENEBRA, 14 de Abril (ACNUR) – A Agência da ONU para Refugiados disse na última sexta-feira que a marinha italiana resgatou cerca de 6.000 pessoas, nos últimos quatro dias, que partiram sozinhas da Líbia em barcos superlotados.

Foram resgatadas, ao longo da costa da Sicília e da Calábria, mais de 40 embarcações, incluindo um grande número de mulheres e crianças, entre elas um recém-nascido e crianças desacompanhadas, disse a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados.

Eles partiram de Zuwarah, na Líbia, e muitos estavam fugindo da violência, do conflito e da perseguição. A maior parte deles era da Síria, Eritréia, Somália, Nigéria, Gâmbia, Mali e Senegal.

O Mediterrâneo é uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, bem como uma fronteira perigosa para muitos solicitantes de asilo que tentam encontrar segurança na Europa. A proteção dos refugiados que viajam de maneira irregular pelo mar na busca por segurança, muitas vezes com pessoas que se deslocam por outros motivos, é um desafio complexo.

“O ACNUR continua a encorajar os Estados para que trabalhem juntos a fim de resgatar as pessoas no mar, ao mesmo tempo em que procura alternativas legais para evitar, em primeiro lugar, que as pessoas continuem fazendo essas viagens perigosas", disse a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, durante uma entrevista coletiva.

Ela também conta que se fazem necessárias as capacidades suficientes e instalações de recepção adequadas para receberem os requerentes de asilo e migrantes resgatados.

“Instalações de recepções adicionais e assistência no processo de chegada, bem como a apresentação de soluções duradouras para eles, podem ser estabelecidas com o apoio da União Europeia", disse Fleming aos jornalistas. “O ACNUR está pronto para trabalhar com governos e outros parceiros para identificar soluções de longo prazo em resposta à situação atual".

A marinha italiana, esta semana, desembarcou os resgatados nos portos de Augusta, Catânia, Porto Empedocle, Messina e Pozzallo na Sicília, e Roccella Ionica, na Calábria.

Desde que o governo italiano iniciou a operação de resgate Mare Nostrum, em Outubro de 2013, após trágicos naufrágios com mais de 600 pessoas mortas, mais de 20.000 pessoas foram resgatadas no mar.

O número de pessoas que chegou à Itália pelo mar este ano é de mais de 18.000 pessoas. Aproximadamente 43.000 pessoas chegaram em 2013. Os sírios, que fogem da violência que se instalou no país, se configuram como o maior grupo, com 11.300 pessoas.