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Menos de 5% dos refugiados que buscam reassentamento foram atendidos no ano passado

Comunicados à imprensa

Menos de 5% dos refugiados que buscam reassentamento foram atendidos no ano passado

19 Fevereiro 2019
Uma família de refugiados síria chega ao aeroporto de Lisboa depois de ter sido aceita para reassentamento em Portugal, em dezembro de 2018. © ACNUR / José António de Oliveira Ventura

Novos dados divulgados pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), mostra que, apesar dos níveis recorde de deslocamento forçado no mundo, apenas 4,7% dos refugiados que buscam reassentamento foram atendidos em 2018.

Os dados sobre os reassentamentos facilitados pelo ACNUR foram divulgados neste mês e mostram que dos 1,2 milhão de refugiados que necessitavam de reassentamento em 2018, apenas 55692 realmente conseguiram.

O maior número de saída de pessoas para reassentamentos facilitados pelo ACNUR foram dos principais países que acolhem refugiados no mundo: o Líbano (9,8 mil), seguido da Turquia (9 mil), Jordânia (5,1 mil) e Uganda (4 mil).

De um total de 81,3 mil encaminhamentos, o maior número de refugiados reassentados são originários da República Árabe da Síria (28,2 mil), da República Democrática do Congo (21,8 mil), da Eritreia (4,3 mil) e do Afeganistão (4 mil).

No último ano, 68% dos reassentamentos incluíram sobreviventes de violência e tortura, pessoas com necessidades de proteção física e legal, e mulheres e meninas em situação de risco. Mais da metade, 52% dos reassentados em 2018, foram crianças.

O reassentamento, que envolve a transferência de refugiados de um país de acolhida para um país que concordou em recebê-los e garantir a eles um assentamento permanente, está disponível apenas para uma pequena fração de refugiados do mundo. Normalmente, menos de 1% dos 19,9 milhões de refugiados sob o mandato do ACNUR são reassentados.

O reassentamento continua sendo uma ferramenta para garantir a proteção dos que estão em maior risco. É um instrumento de proteção e um mecanismo tangível para governos e comunidades compartilharem a responsabilidade de responder às crises de deslocamento forçado. O reassentamento e outros caminhos complementares são um dos objetivos chave do Pacto Global sobre Refugiados para ajudar a reduzir o impacto nos países que mais acolhem refugiados no mundo.

Em 2019, estima-se que 1,4 milhão de refugiados que residem em 65 países de acolhida precisarão de reassentamento.

A maioria das pessoas que necessitam reassentamento neste ano inclui refugiados sírios hospedados em países do Oriente Médio e na Turquia (43%) e refugiados em países ao longo da rota do Mediterrâneo Central (22%), onde movimentos em direção a Europa continuam ceifando vidas humanas.

O Pacto Global sobre Refugiados reivindica que os Estados ofereçam mais locais de reassentamento, por meio da expansão de programas existentes ou do estabelecimento de novos.

O ACNUR está atualmente trabalhando com Estados e parceiros para desenvolver uma estratégia de Reassentamento e Caminhos Complementares, no período de 3 anos, a fim de aumentar o número de lugares dispostos a acolher pessoas permanentemente, encorajar os países a participarem dos esforços globais de reassentamento e aumentar o acesso a caminhos complementares para refugiados.

Para saber mais sobre os dados de reassentamento do ACNUR em 2018 acessar aqui ou para estatísticas desde 2003 consultar o Portal de Dados de Reassentamento Global do ACNUR.

 

Para outras informações sobre este tópico, favor contatar:

 

FIM

 

Essa nota para imprensa está disponível aqui.