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Mulheres refugiadas participam de workshop sobre empreendedorismo e educação financeira em São Paulo

Comunicados à imprensa

Mulheres refugiadas participam de workshop sobre empreendedorismo e educação financeira em São Paulo

19 Outubro 2018
Terceira etapa do projeto Empoderando Refugiadas de 2018 contou com a participação de mulheres refugiadas de diferentes nacionalidades, formações e experiências profissionais.
São Paulo, 19 de outubro de 2018 (ACNUR) - Na busca por recolocação no mercado de trabalho brasileiro, muitas mulheres refugiadas optam pelos caminhos do empreendedorismo, agregando seus conhecimentos e experiências profissionais em ramos de atividade que, em muitos casos, agregam inovação e resultados. Abrir o próprio negócio requer ousadia, planejamento e também muita disciplina, em especial no setor financeiro.

A relevância do tema no cenário atual dos negócios  motivou a realização do workshop “Educação Financeira e Empreendedorismo”, na quarta-feira (19), envolvendo mulheres refugiadas de diferente nacionalidades. Trata-se de mais um etapa do projeto Empoderando Refugiadas,  uma iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e ONU Mulheres.

Ainda que o sucesso profissional como autônoma não seja uma exclusividade das atuais participantes do Empoderando Refugiadas, algumas mulheres refugiadas já chegam ao Brasil com o desejo de empreender, buscando realizar suas vocações ou mesmo buscando uma oportunidade para colocar em prática o que almejam há anos.

A angolana Amélia, por exemplo, sonha em ser modelista e já iniciou uma formação técnica em costura. “Quero um dia ter meu próprio negócio, mas sem investimento não tem como. Sempre que vou comprar alguma coisa me lembro que tenho um sonho e que para alcançá-lo, preciso poupar”.

Já a congolesa Prudence, que participou da primeira edição do Empoderando Refugiadas, também trazia consigo o sonho de atuar na área em que mais tem afinidade. “Meu sonho sempre foi fazer trabalho social, e agora posso realizar”, disse.

Durante o encontro, as mulheres foram motivadas a refletir sobre a relação de suas ações financeiras com seus objetivos e pessoais. Esta avaliação, de acordo com Andyara de Santis, especialista em educação financeira, é o primeiro passo para começar a planejar seu negócio. “Muito da educação financeira passa por nosso comportamento, por nossa atitude e autoconhecimento. Muitas de nós conhecemos as ferramentas, mas não necessariamente significa que estamos livres de cometer algum deslize financeiro”, afirmou Andyara.

O aprofundamento do tema de educação financeira no encontro contou com a participação de Caco Santos, representante do projeto Planejar. Segundo o especialista financeiro, “para um sonho se tornar concreto, é preciso ter um plano. Quanto mais consciente for suas decisões sobre dinheiro, mas tranquila será a vida financeira.”

Autoestima para empreender

Além de disciplina e planejamento, é preciso coragem para as mulheres refugiadas que buscam empreender, ainda mais por serem recém-chegadas ao novo país. Para despertar a autoestima das participantes do projeto, o encontro contou com a motivação de Eduardo Lyra, jovem empreendedor social brasileiro de origem humilde, nomeado pelo Fórum Econômico Mundial um dos 15 jovens brasileiros que podem mudar o mundo, idealizador do Instituto Gerando Falcões.

Segundo Lyra, acreditar que era possível transformar seus sonhos em realidade foi essencial para alcançar sucesso como empreendedor. “Para alcançar os objetivos é preciso primeiro mudar a maneira de pensar. Ser dono do próprio destino”.

Ampliar os laços e formar parcerias também foram outros pontos destacados pelos especialistas que participaram do encontro como essenciais para empreender. “Formem uma rede de apoio. É muito importante que vocês formem uma rede entre si. Aproveitem o talento de cada uma.  Aproveitem as habilidades individuais”, sugeriu Andyara de Santis.

O projeto Empoderando Refugiadas, que prevê atender 50 mulheres até o fim do ano, tem como parceiro o Facebook e conta com o apoio das empresas ABN AMRO, Carrefour, Lojas Renner, Pfizer e Sodexo.

São ainda parceiros estratégicos do projeto o Consulado da Mulher, Fox Time, Grupo Mulheres do Brasil, Migraflix e o Programa de Apoio para a Recolocação dos Refugiados (PARR).