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Mutirão recebe mais de 300 refugiados sírios na zona sul de São Paulo

Comunicados à imprensa

Mutirão recebe mais de 300 refugiados sírios na zona sul de São Paulo

Mutirão recebe mais de 300 refugiados sírios na zona sul de São PauloA Prefeitura de São Paulo, em parceria com a Sociedade Beneficente Muçulmana de Santo Amaro, realizou uma ação para atender mais de 300 refugiados sírios.
26 Março 2015

BRASÍLIA, 26 de março de 2015 (ACNUR) - A Prefeitura de São Paulo, em parceria com a Sociedade Beneficente Muçulmana de Santo Amaro (SOBEM), realizou no último sábado uma ação para atender mais de 300 refugiados sírios e moradores de Cidade Ademar na Mesquita Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Coordenado pelo programa São Paulo Carinhosa, o mutirão envolveu diversas secretarias para o atendimento de famílias e crianças em situação de vulnerabilidade social, oferecendo serviços de saúde, direitos humanos, educação e orientações para o trabalho.

“Esta é a segunda experiência que estamos realizando com a ajuda de diversas áreas da Prefeitura que tem uma interface com a imigração. Pelo fato de que nas famílias há muitas crianças, nós estamos tentando contribuir um pouquinho e temos também junto conosco as secretarias de Direitos Humanos, Educação, várias áreas da Saúde, Assistência Social e Trabalho. Então está ação é como um acolhimento para a chegada que eles têm aqui”, afirmou a primeira-dama Ana Estela Haddad, que dirige o programa.

Para o Representante do ACNUR no Brasil, Andrés Ramirez, “ações como o mutirão realizado pela prefeitura paulista em parceria com a SOBEM são muito importantes para a prevenção de doenças entre os refugiados. A colaboração das organizações muçulmanas, governo local e a sociedade civil é de grande importância estratégica”, afirmou Ramirez.

Assim como a primeira ação, realizada em junho do ano passado na Mesquita do Pari, região central, o mutirão realizado em Santo Amaro teve o objetivo de integrar os refugiados junto a sociedade brasileira. Esta atitude cidadã faz com que dezenas de famílias recém-chegadas ao Brasil sintam um pouco mais de conforto nesta acolhida, eliminando as principais dificuldades que encontram.

“Meu marido veio quatro meses antes que eu e mesmo assim tive muita dificuldade, principalmente na comunicação. Muitos conhecidos desembarcam no aeroporto e não conseguem se comunicar, mesmo falando inglês. Hoje eu vim aqui para conhecer melhor os serviços de saúde e aproveitei para colocarmos as nossas vacinas em dia. É muito importante saber que existe um serviço assim”, disse Rania Tameen, enquanto esperava para ser atendida ao lado de seus dois filhos. Rania já se inscreveu para o curso de português oferecido pela comunidade.

Serviços - A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde possibilitou que os refugiados fossem cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, durante toda a tarde foram oferecidos exames preventivos, orientações sobre a dengue, teste para diabetes, pressão arterial, avaliação de saúde bucal e vacinação para crianças e adultos.

A Secretaria Municipal de Educação também esteve presente prestando orientações sobre vagas nas escolas municipais de ensino infantil e fundamental (EMEIs e EMEFs). Durante os atendimentos, também foram oferecidos serviços de inclusão social, como o cadastramento no programa Bolsa Família.

“Eu vim aqui para conhecer de perto como está o acolhimento e o atendimento aos imigrantes e refugiados desta guerra civil na Síria, que tem causado tantos problemas. Eles fogem e acabam chegando aqui no Brasil, em especial em São Paulo, onde há a maior comunidade sírio-libanesa. Eles sabem que podem ser acolhidos pelo colégio 24 de Março, pela mesquita mulçumana e pela SOBEM. Por este motivo, a parceria que estamos realizando aqui hoje é fundamental”, afirmou o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy.

Inclusão no mercado de trabalho - Mesmo com qualificação e ensino superior, muito refugiados encontram dificuldade na hora de conseguir um emprego formal pela inexistência carteiras de trabalho e principalmente pela baixa fluência na língua portuguesa. Por conta disso, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo realizou o cadastramento da comunidade no Centro de Apoio ao Trabalho (CAT).

“Nós temos aqui muitos médicos, engenheiros, arquitetos, então o primeiro problema é resolver a questão da documentação. A partir do momento que você tem a documentação em mãos, nós temos que garantir que hajam carteiras profissionais para que eles sejam inseridos no mercado de trabalho e principalmente, que hajam empresas que ofereçam vagas para esses trabalhadores”, afirmou o secretário Artur Henrique.