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Nigerianos em áreas libertadas do Boko Haram ainda precisam de ajuda

Comunicados à imprensa

Nigerianos em áreas libertadas do Boko Haram ainda precisam de ajuda

Nigerianos em áreas libertadas do Boko Haram ainda precisam de ajudaAlgumas crianças estão desnutridas e muitas famílias não têm um local seguro para dormir em meio a falta de suprimentos e de serviços básicos nas áreas retomadas dos insurgentes.
18 Outubro 2016

MONGUNO, Nigéria, 18 de outubro de 2016 – Milhares de nigerianos libertados do Boko Haram estão enfrentando grave escassez de alimentos que tem ocasionado a desnutrição de crianças e forçado famílias a lutar desesperadamente por meios de subsistência, alertou hoje a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

Crianças estão sendo enviadas às ruas para pedir comida e dinheiro, ou em viagens arriscadas para campos nas redondezas para encontrar lenha para vender. Muitas pessoas ainda não têm um local seguro para dormir e alguns estão acampando em escolas em ruínas.

Mães, cujos maridos foram sequestrados ou que desapareceram, foram deixadas para cuidar de até 10 crianças sozinhas nos lugares onde precisam lutar para trabalhar ou ganhar dinheiro. Muitas vivem com medo que de os insurgentes possam atacá-las novamente.

No início de 2016, operações militares nigerianas no nordeste do país expulsaram o Boko Haram de algumas grandes cidades como Monguno, a 140 quilômetros ao norte da capital do estado de Borno, libertando milhares de pessoas do domínio do grupo.

Mas as condições continuam muito difíceis, reportou o ACNUR depois de uma recente missão de avaliação emergencial com uma ONG parceira.

“O Boko Haram atacou minha aldeia há seis semanas. Eles roubaram todos os nossos pertences e comida”, disse Falmata*, uma mãe que agora vive entre os deslocados em Monguno.

 “O Boko Haram atacou minha aldeia há seis semanas.”

 Seu marido desapareceu e ela fugiu com seu bebê e sua filha de cinco anos de idade para Kuya, um acampamento improvisado em Monguno. Mamagona, sua filha de 16 meses de vida, estava tão desnutrida que precisou receber tratamento médico em uma clínica localizada na região.

“A maioria das pessoas da minha aldeia fugiu e está neste campo comigo, disse Falmata*, de 32 anos. “A saúde de Mamagona começou a se deteriorar quando estávamos no campo. Aqui não há comida o bastante e eu não tenho milho suficiente para dar a ela, mas não quero voltar para minha aldeia, pois é muito perigoso com o Boko Haram na área”.

Outra mãe, Jabba de 28 anos, também disse que não conseguiu encontrar a quantidade de comida necessária para sua família. “Estou mandando meus filhos, incluindo o mais novo que tem oito anos, para as ruas para pedir dinheiro e comprar comida”, disse.