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Novo aplicativo para smartphones auxilia refugiados a se estabelecerem na Austrália

Comunicados à imprensa

Novo aplicativo para smartphones auxilia refugiados a se estabelecerem na Austrália

Novo aplicativo para smartphones auxilia refugiados a se estabelecerem na AustráliaChegar a um novo país e se adaptar ao idioma local e a uma nova cultura é muitas vezes um desafio – principalmente para os refugiados que passaram por traumas e sofrimentos.
21 Janeiro 2016

SIDNEY, Austrália, 21 de janeiro de 2016 (ACNUR) – Chegar a um novo país e se adaptar ao idioma local, a uma nova cultura e estilo de vida é muitas vezes um desafio – principalmente para os refugiados que passaram por traumas e sofrimentos psicológicos.

Mas agora um novo aplicativo para smartphone está disponível nos idiomas persa, árabe, tamil e inglês com informações e dicas para os refugiados recém-chegados na Austrália, ajudando-os a se habituar em suas novas vidas.

O aplicativo “New Roots” (Novas Raízes, tradução livre) - desenvolvido pela Settlement Services International (SSI), juntamente com Beyond Blue, organizações sem fins lucrativos que trabalham respectivamente com reassentamento de refugiados e com saúde mental - inclui dicas para tudo, desde como ficar em forma até como se alimentar bem e mesmo como buscar um emprego.

Entre outras funções, estão dicas para o bem-estar emocional, guias para administrar as finanças e guias para contatar serviços de emergência na Austrália. O aplicativo foi bem recebido por refugiados reassentados, entre eles o cirurgião iraquiano Manjed Muderis.

“Eu sei, por experiência própria, que este pode ser um período muito estressante e difícil quando estamos nos estabelecendo em um novo país”, disse Muderis, que agora é um cirurgião ortopédico de referência em Sidney e se tornou um embaixador do aplicativo.

“O aplicativo New Roots pode ajudar a nos manter saudáveis por meio de exercícios e alimentação adequada, assim como nos conecta com pessoas ao integrar comunidades locais, organizações desportivas e atividades culturais”, disse Muderis em um discurso postado no blog do SSI.

“Estas coisas podem ser esquecidas durante o período inicial de chegada ao novo país, que é muito turbulento, habituar-se a um novo contexto, mas podem ser essenciais na redução de stress e a fazer deste momento um pouco mais feliz, saudável e produtivo”, acrescentou.

Entre outros apoiadores está o jogador de críquete Hameed Kherkhah, que deixou o Afeganistão com sua família quando era criança. Ele disse que o aplicativo teria ajudado sua família quando eles chegaram pela primeira vez em Sidney e tiveram dificuldades com a logística da vida cotidiana, desde aprender inglês, alugar uma casa à caminhar pela cidade.

“O fato que toda informação está ali, no apertar de um botão, no bolso de alguém, isso realmente vai tirar um pouco do stress de quem está se acostumando com a Austrália”, disse Kherkhah, que também é um embaixador do aplicativo. “Eu queria que isso existisse quando a gente chegou, nós teríamos amado”, afirmou.

O aplicativo foi fundado por meio de doações da Fundação Movember, uma instituição de caridade internacional dedicada a ajudar as pessoas a viverem vidas mais felizes, mais saudáveis e duradouras. O objetivo também é auxiliar as comunidades em que os refugiados estão inseridos, bem como as pessoas que trabalham nos setores de reassentamento. Dentre as outras funções do aplicativo, que está disponível para iPhone e Android, estão o treinamento online para assistentes sociais e treinamento para líderes de comunidades.  

Após 12 meses em fase piloto no Estado australiano de Nova Gales do Sul, os desenvolvedores esperam que o aplicativo seja disponibilizado em mais idiomas e que outros componentes do projeto sejam promovidos por toda a Austrália.

“As pessoas com histórico de refúgio que estão se reinstalando em países como a Austrália normalmente passaram por vivências traumáticas nos países dos quais eles estão fugindo”, disse Violet Roumeliotis, CEO da SSI.

“O estresse de se adaptar a um novo país e cultura, tendo que se assegurar os meios de subsistência, podem traumatizar e afetar negativamente o bem-estar psicológico, social e emocional dessas pessoas.”

Por Catherine Stubberfield, de Sidney, Austrália.