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Novo centro de dados conjunto do Banco Mundial e ACNUR aprimorará estatísticas globais sobre o deslocamento forçado

Comunicados à imprensa

Novo centro de dados conjunto do Banco Mundial e ACNUR aprimorará estatísticas globais sobre o deslocamento forçado

Novo centro de dados conjunto do Banco Mundial e ACNUR aprimorará estatísticas globais sobre o deslocamento forçadoBanco Mundial e o ACNUR estão trabalhando juntos para estabelecer um centro de dados sobre deslocamento forçado.
23 Outubro 2017

GENEBRA, 23 de outubro de 2017 – O Banco Mundial e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) estão somando esforços para estabelecer um centro de dados conjunto sobre deslocamento forçado para aprimorar as estatísticas sobre refugiados, outras pessoas deslocadas e comunidades anfitriãs.

O novo centro, anunciado na sexta-feira (20), possibilitará uma reposta mais fundamentada e sustentável ao deslocamento forçado, e fundamentará uma abordagem coordenada de desenvolvimento humanitário. Tendo como base o papel do ACNUR como uma instituição de referência na disponibilização de dados sobre o refúgio, trazendo o conhecimento e experiência analítica do Banco Mundial para ajudar os governos nacionais a melhorar sua capacidade estatística.

“A dimensão, complexidade e velocidade da atual crise de refugiados evidenciam que não podemos mais responder apenas com ações humanitárias. Agora, é mais importante que nunca uma mobilização de recursos e o planejamento a longo prazo sejam feitos desde o início. Por esse motivo, o acesso prévio a dados consistentes para parceiros de desenvolvimento como o Banco Mundial é tão importante”, disse o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi.

“Quando os recursos são escassos, todos os esforços devem ser direcionados para ajudar aqueles em necessidade. Aprimorar dados e evidências é fundamental para garantir que esses recursos sejam utilizados de forma eficaz e efetiva. Temos muito que aprender com a experiência do ACNUR, dessa forma poderemos fazer mais juntos trabalhando de forma complementar para ajudar tanto as pessoas refugiadas quanto as comunidades que as acolhem”, disse a diretora-executiva do Grupo Banco Mundial, Kristalina Georgiva.

Com mais de 90% dos refugiados vivendo em países em desenvolvimento, e mais da metade desses deslocados por mais de quatro anos, a comunidade internacional reconhece que as intervenções humanitárias necessitam ser complementadas por uma resposta a longo prazo.

O ACNUR e o Banco Mundial têm estreitado sua colaboração diante dessa nova abordagem, que pode ser observada em contínuas esforços para desenvolver um pacto global para refugiados que será adotado no final de 2018. O oferecimento de uma resposta tão compreensiva requer dados apurados e de elevada qualidade, o que foi também foi reforçado na Declaração de Nova York para Refugiados e Migrantes em setembro de 2016. Dados a nível global são capazes de definir a agenda internacional, enquanto dados em escala nacional subsidiam políticas e ajudam destinar adequadamente recursos de ajuda. Mais é preciso ser feito para enriquecer a coleta, qualidade, acesso e utilização dos dados.

O novo centro de dados abrangerá refugiados, deslocados internos e outros grupos assim como comunidades anfitriãs. Seu objetivo é:

  • Garantir que dados populacionais e socioeconômicos sejam sistematicamente coletados e analisados
  • Facilitar o amplo acesso aos dados de deslocamento forçado, garantindo a integridade do quadro legal de proteção
  • Promover inovações para aprimorar dados sobre deslocamento forçado por meio de imagens de satélite, telefones celulares e outras novas tecnologias
  • Fortalecer o sistema de coleta, estabelecendo normas comuns, metodologias, e esforços de apoio para fortalecer os sistemas nacionais quando necessário

O impacto potencial de uma cooperação aprimorada entre o Banco Mundial e o ACNUR é muito significativa.

Por exemplo, dados detalhados, quando estão disponíveis, possibilitaram que as duas instituições desenvolvessem relatórios relevantes sobre a assistência de refugiados sírios no Líbano e na Jordânia, o que, por sua vez, levou a uma melhor orientação da assistência humanitária, bem como a elaboração de projetos de desenvolvimento. No Quênia, isso possibilitou uma análise detalhada do papel do campo de refugiados de Kakuma na economia local, demonstrando que a presença de refugiados teve um efeito positivo para o crescimento econômico no nordeste do país.

A disponibilização sistemática de dados permitirá um aumento significativo desse importante trabalho analítico, que é essencial uma vez que o Banco Mundial e o ACNUR colaboram para apoiar refugiados e comunidades anfitriãs. Informações fundamentadas também estarão disponíveis para o uso de profissionais e formuladores de políticas para melhorar programas e projetos sobre deslocamento forçado.

O centro de dados deverá estar pronto para operar em meados de 2018.