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Novos confrontos em Kivu do Norte deixam ao menos 40.000 deslocados internos

Comunicados à imprensa

Novos confrontos em Kivu do Norte deixam ao menos 40.000 deslocados internos

Novos confrontos em Kivu do Norte deixam ao menos 40.000 deslocados internosA agência da ONU para refugiados informou hoje que os recentes confrontos recentes na República Democrática do Congo deixaram mais de 40 mil deslocados internos.
29 May 2012

GOMA, República Democrática do Congo, 29 de maio de 2012 (ACNUR) –  A agência da ONU para refugiados informou hoje que os recentes confrontos recentes na República Democrática do Congo (RDC) deixaram mais de 40 mil  deslocados internos.

A equipe do ACNUR na província de Kivu do Norte diz que a maioria dos deslocados internos está indo para território Rutshuru, ao norte da capital provincial Goma. Entre 10 e 20 de maio, uma das ONGs parceiras do ACNUR registrou mais de 40 mil deslocados internos Jomba e Bwesa.

Estes são as últimas estatísticas disponíveis, mas as equipes do ACNUR afirmam que no último sábado houve novos confrontos ao sul de Rutshur, na região de Runyonyi, entre forças do governo e soldados traidores leais ao ex-comandante rebelde Bosco Ntaganda.

O ACNUR e outras grandes organizações, incluindo o Programa Mundial de Alimentos, Organização Mundial da Saúde e Cruz Vermelha, planejam iniciar brevemente uma distribuição de alimentos, medicamentos e outros itens de apoio aos deslocados. A maior parte destes deslocados está vivendo em escolas e igrejas. Outros se hospedam em casas de famílias. As condições são precárias.

"Alguns dos deslocados reportaram casos de extorsão, trabalho forçado, recrutamento forçado de menores e espancamento por homens armados”, disse a porta-voz do ACNUR Melissa Fleming, em Genebra.

No país vizinho, Ruanda, as pessoas continuam a cruzar a fronteira de Kivu do Norte em Goma-Gisenyi, mas em números muito menores comparados ao início da última crise no final de abril. Nosso escritório de Ruanda continua em alerta em meio a luta no outro lado da fronteira.

Uma média de 150-200 pessoas está cruzando a fronteira diariamente. Na noite da última segunda-feira, 9.671 congoleses registrados estavam no centro de trânsito Nkamira, mais de 20 quilômetros da fronteira. Cerca de 510 se repatriaram voluntariamente, incluindo estudantes que decidiram voltar para acabar o ano acadêmico e fazer provas.

O ACNUR continua a providenciar a assistência no campo lotado em Ruanda na medida em que se avançam os planos de construir um novo campo de refugiados no sul do país. Abrigo e saúde continuam sendo nossas principais preocupações. Possuímos uma clínica em Nkamira por meio de um parceiro de implementação, mas enfrentamos escassez de medicamentos essenciais.

A situação na fronteira entre RDC e Uganda se acalmou, e a equipe do ACNUR no local afirmou que os confrontos se afastaram da fronteira para o distrito de Kisoro, região sudeste de Uganda e mais fortemente para Rutshuru. No último final de semana, o ACNUR e a polícia de Uganda moveram pessoas da fronteira de Bunagana em direção ao centro de trânsito Nyakabande, 20 quilômetros ao interior de Uganda, onde estão registrados.

Desde 11 de maio, quando milhares de pessoas cruzaram a fronteira para escapar dos últimos confrontos na província de Kivu do Norte, mais de 11 mil pessoas foram registradas em Nyakabande. Como no último domingo, quase todos que estavam acampando em campos em Bunagana mudaram-se para o centro de trânsito (que atualmente abriga 7.786 pessoas deslocadas).

Entretanto, muitos continuam retornando para suas vilas. Um exemplo típico, a polícia da fronteira reportou que quase todos na vila de Bugeyo em Rutshuru cruzaram a fronteira para Bunagana, Uganda, no domingo à noite, com medo de um ataque iminente. Nenhum confronto ocorreu e eles retornaram a RDC na segunda-feira de manhã.

O ACNUR também continua movendo pessoas de Nyakabande para um recém-aberto assentamento para refugiados em Rwamwanja, 370 quilômetros ao norte, que atualmente abriga 7.552 pessoas. Ao mesmo tempo, o escritório do ACNUR em Uganda se prepara para respostas emergenciais a mais de 30 mil pessoas.