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ONU e parceiros lançam apelo humanitário para alcançar mais de 87 milhões de pessoas em 2016

Comunicados à imprensa

ONU e parceiros lançam apelo humanitário para alcançar mais de 87 milhões de pessoas em 2016

ONU e parceiros lançam apelo humanitário para alcançar mais de 87 milhões de pessoas em 2016Mais de 125 milhões de pessoas no mundo precisam de assistência humanitária.
7 Dezembro 2015

Genebra, 7 de dezembro de 2015 (ACNUR) - Mais de 125 milhões de pessoas no mundo precisam de assistência humanitária. Através da ação coordenada e coletiva, organizações humanitárias têm como objetivo levar em 2016 ajuda urgente para mais de 87,6 milhões das pessoas mais vulneráveis e marginalizadas. Isso exigirá o orçamento de US $ 20,1 bilhões – valor este cinco vezes maior quando comparado há uma década.

"O sofrimento no mundo atingiu níveis não vistos em uma geração. Conflitos e desastres levaram milhões de crianças, mulheres e homens ao limite da sobrevivência. Eles precisam desesperadamente da nossa ajuda", disse Stephen O'Brien, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador da Ajuda de Emergência, ao lançar o Global Humanitarian Overview 2016 (Visão Global Humanitária 2016), em Genebra. "Agências da ONU e seus parceiros estão empenhados em fazer tudo o que pudermos para responder de forma rápida e eficaz as necessidades urgentes das pessoas afetadas, famílias e comunidades. Eles contam com todos nós hoje para os seus respectivos amanhãs. Eu peço a comunidade internacional para novamente responder de maneira generosa ao nosso apelo de financiamento para nos permitir realizar o trabalho".

O apelo humanitário é o resultado de um esforço global do qual centenas de organizações fornecem alimentos, abrigo, medicamentos, proteção, educação de emergência e outras assistências básicas às pessoas que vivem em regiões afetadas por conflitos ou desastres, e se reúnem para avaliar as necessidades, decidir estratégias e apresentar planos aos doadores. Para o início de 2016, os planos abrangem respostas em 37 países.

Conflitos na Síria, Iraque, Iêmen e Sudão do Sul se manterão entre os maiores causadores de necessidades humanitárias ao longo de 2016, forçando novos deslocamentos dentro dos países e entre fronteiras. Em todo o mundo, cerca de 60 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, número nunca antes visto antes no mundo pós Segunda Guerra Mundial.

"O movimento em massa de pessoas, quer sejam refugiados ou pessoas que se deslocam dentro de seus próprios países, tornou-se uma nova realidade do século XXI", disse o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres. "O sistema humanitário internacional é muitas vezes a única rede de segurança existente para as pessoas que fogem de guerras. Por isso deve ser financiada em uma escala que é realista e compatível com os imensos desafios atuais. Está claro que, com o atual nível de recursos, nós não podemos fornecer até mesmo o mínimo em ambos os casos de proteção e assistências vitais".

Até o momento, em 2015, os doadores internacionais forneceram $ 9,7 bilhões ao apelo global, mas esse valor representa apenas 49% do requisitado que, no decorrer do ano, subiu para $ 19,9 bilhões. Organizações humanitárias aproximam-se do final deste ano com um déficit registrado de $ 10,2 bilhões – o maior da já existente.

"O número de pessoas afetadas atualmente por conflitos e outras crises é sem precedentes, com um impacto nunca visto sobre sua saúde", disse a Dra. Margaret Chan, Diretora-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS). "A OMS e os seus parceiros estão empenhados em garantir que todos – especialmente mulheres e crianças – recebam os cuidados de saúde que desesperadamente necessitam. Mas precisamos urgentemente de um orçamento ainda maior para o que precisamos fazer".

Para o Dr Ahmad Faizal Perdaus, Presidente do Conselho Internacional de Agências Voluntárias (ICVA, sigla em inglês) e Presidente da Misericórdia Malásia: "A resposta humanitária deve ser entendida como um investimento nas pessoas, não como um custo. O investimento na ajuda àqueles que necessitam fornece retornos de qualquer forma que se possa medir – na vida humana e na dignidade é impagável, sem dúvida, mas também em termos financeiros. O preço real pago hoje é por aqueles que estão famintos, sem segurança, fugindo da guerra e do terror".

O documento do Global Humanitarian Overview 2016, em inglês, incluindo a versão on-line do apelo e o mapa do orçamento global, está disponível em www.unocha.org/stateofaid

O documento do apelo completo está disponível em (formato PDF): http://bit.ly/1OMQMQy

Considerações:

O apelo humanitário de 2016 é baseado em planos de respostas e estratégias em 27 crises: Afeganistão, Burkina Faso, Camarões, República Centro Africano, Chade, República Democrática do Congo, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guatemala, Haiti, Honduras, Iraque, Líbia, Mali , Mauritânia, Myanmar, Níger, Nigéria, Território Palestino Ocupado, Senegal, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria, Ucrânia e Iêmen.

 

República Centro Africano, Burundi, Nigéria, Sudão do Sul, Síria e Iêmen são crises que afetam regiões como um todo e os seus países vizinhos estão incluídos nos planos de resposta regional, elevando o número de países incluídos nos planos para 37.