Pequeno grupo segue descontente com o reassentamento no Brasil
Pequeno grupo segue descontente com o reassentamento no Brasil
BRASÍLIA, Brasil, 26 de novembro (ACNUR) – Apesar dos avanços obtidos pela maioria dos refugiados palestinos reassentados no Brasil, poucos permanecem descontentes com a situação e vêem apresentando reivindicações ao governo brasileiro e ao ACNUR. Entre eles estão refugiados idosos e sem núcleo familiar no país, que pedem para sair do Brasil.
Entre 2008 e 2009, um grupo de refugiados acampou em frente à sede do ACNUR em Brasília para reclamar contra a assistência recebida em suas cidades de reassentamento. Eles recebiam todos os benefícios estabelecidos para o grupo, mas decidiram abandonar suas cidades de reassentamento e se mudar para Brasília. Durante todo o tempo em que durou o protesto, o ACNUR ofereceu soluções às suas demandas, sempre no âmbito do Programa de Reassentamento Solidário.
Infelizmente, todas as propostas foram sistematicamente recusadas. Mesmo assim, o ACNUR continuou prestando atenção médica, social e psicológica emergencial, com o apoio dos serviços públicos de saúde e de suas contrapartes governamentais. Para os casos mais vulneráveis, foi oferecida hospedagem temporária no Distrito Federal – e que também foi recusada por alguns.
O protesto acabou sendo encerrado por uma decisão judicial. Muitos dos refugiados retornaram para suas cidades de reassentamento, mas 14 ainda permanecem em Brasília. Destes, cinco são considerados vulneráveis e sob a assistência financeira do ACNUR, embora tenham renunciado ao acompanhamento das organizações não-governamentais parceiras do Programa de Reassentamento Solidário em São Paulo e Rio Grande do Sul.
Luiz Fernando Godinho, de Brasília (DF)