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Princesa Haya encontra-se com refugiados do Sudão do Sul na Etiópia

Comunicados à imprensa

Princesa Haya encontra-se com refugiados do Sudão do Sul na Etiópia

Princesa Haya encontra-se com refugiados do Sudão do Sul na EtiópiaA Mensageira da Paz da ONU, Princesa Haya Bint Al Hussein, não estava preparada para ver o sofrimento que encontrou ao visitar refugiados no oeste da Etiópia...
16 Julho 2014

GAMBELLA, Etiópia, 16 de julho de 2014 (ACNUR) – A enviada da ONU, Princesa Haya Bint Al Hussein, esposa da autoridade de Dubai, não estava preparada para ver o sofrimento que encontrou ao visitar refugiados no oeste da Etiópia, que atualmente abriga 170 mil sul sudaneses que foram forçados a deixar sua terra natal desde dezembro do ano passado.

“O fato da que a emergência de refugiados ainda está se desdobrando me atingiu", declarou a Princesa Haya, que passou a maior parte da última terça-feira em um lamacento campo de refugiados (Kule 2), conversando com crianças e com suas mães.

O conflito e o agravamento da situação humanitária no interior do Sudão do Sul estão causando um êxodo de refugiados para a Etiópia, em grande parte mulheres e crianças. Cerca de mil refugiados chegam a cada dia no pa[is, para se juntar aos 170 mil que já fugiram da onda de violência que eclodiu dezembro passado. A região de Gambella, no oeste da Etiópia, já hospedava 59 mil sul-sudaneses em campos e comunidades de acolhimento antes deste conflito.

"Um dos aspectos mais interessantes desta crise é que a maioria dos refugiados na Etiópia é composta por mulheres e crianças", disse Oscar Mundia, Coordenador de Emergência sênior do ACNUR em Gambella. "Quase todos são dependentes de agências para alimentação e outros serviços, o que significa que a falta de financiamento vai ter consequências catastróficas", completou Mundia.

A estimativa inicial de 150 mil refugiados na Etiópia até o final do ano já foi superada e o ACNUR e seus parceiros aumentaram agora o planejamento para 300 mil. Na sexta-feira, o ACNUR e seus parceiros lançaram um apelo de US$ 658 milhões para o auxílio dos até 715 mil refugiados esperados na Etiópia, Quênia, Sudão e Uganda, até o final de 2014.

O ACNUR alerta que a ausência de resposta ao apelo vai dificultar significativamente a prestação de ajuda e forçar uma priorização de serviços que poderiam incluir cortes de rações alimentares e a redução de programas críticos de combate à desnutrição. A maioria dos refugiados caminha durante semanas para obter proteção na Etiópia, sobrevivendo com frutos silvestres, folhas e algumas raízes comestíveis.

"Em uma época que o mundo assiste a um número de grandes emergências simultâneas, o apoio global para a crise de refugiados regional do Sudão do Sul é desesperadamente necessária", disse Ann Encontre, Coordenador Regional do ACNUR para Refugiados.

"Estou confiante de que esta visita da Princesa Haya, Mensageira da Paz das Nações Unidas, Princesa Haya, irá melhorar a visibilidade dessa crise terrível e esperamos que sirva para encorajar um maior apoio por parte da comunidade internacional."

O ACNUR e Administração Etíope para Assuntos de Refugiados e Retornados (ARRA, sigla em inglês), bem como outros parceiros estão trabalhando para evitar um surto de doenças transmissíveis nos campos na época das chuvas da região. Como todos os três campos já quase alcançaram a sua capacidade máxima, o ACNUR e a ARRA estão trabalhando com as autoridades regionais para garantir um terreno para desenvolver rapidamente um quarto acampamento.

Princesa Haya este mês doou $500 mil para apoiar os esforços do ACNUR na nutrição de emergência e de segurança alimentar para os refugiados do Sudão do Sul na Etiópia. Estima-se que 120 mil pessoas serão beneficiadas.

Os resultados preliminares de uma recente pesquisa sobre nutrição mostraram que a Taxa Global de Subnutrição Aguda média para os três campos que abriam refugiados do Sudão do Sul era de 28 %, abaixo da alta de 37,7% na fase inicial da emergência.

Durante sua visita de um dia, a princesa Haya esteve em postos de ajuda e se reuniu com autoridades e beneficiários locais. A equipe do ACNUR em Gambella a informou sobre a situação humanitária geral. Ela elogiou o trabalho do ACNUR, da Administração para Assuntos de Refugiados e Retornados (ARRA, na sigla em inglês) e outras agências, e reafirmou seu compromisso com a defesa de uma maior partilha de responsabilidades e solidariedade.

O Representante Interino do ACNUR na Etiópia, Bornwell Kantande juntou-se à Princesa Haya no reconhecimento da generosidade do povo e do governo da Etiópia por sua hospitalidade e política de fronteiras abertas. "Esta hospitalidade e generosidade não acontece por acaso", declarou Kantande. “É do interesse do ACNUR apoiar as comunidades que acolhem e apoiam os refugiados, ainda que não tenham o suficiente para si mesmos."

No momento, a Etiópia abriga 580 mil refugiados, e é um dos 10 principais países de que acolhem refugiados no mundo, de acordo com o ACNUR.

Por Kisut Gebre Egziabher em Gambella.