Close sites icon close
Search form

Search for the country site.

Country profile

Country website

Professora síria capacita jovens refugiados na Malásia

Comunicados à imprensa

Professora síria capacita jovens refugiados na Malásia

Professora síria capacita jovens refugiados na MalásiaCidadã palestina vivendo em Damasco, Lujain recebeu educação gratuita até a idade adulta. Agora ela está compartilhando seu amor pelo ensino em Kuala Lumpur.
18 Novembro 2016

KUALA LUMPUR, Malásia, 18 de novembro de 2016 – A refugiada palestina-síria Lujain* sabe o que é sentir-se impotente. Ela foi forçada a sair de casa há quatro anos, mas aproveitou as oportunidades e agora está trabalhando para capacitar outras pessoas por meio da educação.

Apesar de ter nascido de pais refugiados palestinos no campo de Yarmouk em Damasco, Lujain esperava um futuro brilhante enquanto crescia. “Tínhamos uma casa, um carro, tudo que um cidadão sírio tinha”, lembra-se. “E mesmo que eu não fosse síria, eu podia ir à escola de graça”.

O sistema de educação inclusiva permitiu-lhe graduar-se na Universidade de Damasco com um diploma em filosofia e psicologia. Planos para um mestrado e doutorado foram temporariamente pausados quando ela se casou com um contador sírio e teve dois filhos. Foi então a guerra começou, obrigando-os a fugir para a Malásia em 2012.

“Eu não achei que seria uma refugiada novamente. Pensei que nossa vida tinha acabado”, diz a mãe de 32 anos. “Quero agradecer à Malásia por ter dado um futuro a mim e aos meus filhos. Aqui a vida não é fácil porque você tem que trabalhar duro para sobreviver. Eu era uma dona de casa com uma boa vida na Síria. Agora eu sou professora de alunos refugiados”.

“Eu não achei que seria uma refugiada novamente. Pensei que nossa vida tinha acabado”.

Foi um começo desafiador, já que ela teve que aprender inglês do zero em apenas alguns meses, mas Lujain adora ensinar e está usando suas habilidades em psicologia em um centro de aprendizagem administrado pelo Instituto de Pesquisa Social da Malásia, uma ONG local.

“Às vezes, vejo alunos desobedientes ou com comportamentos agressivos por causa de problemas em seu país ou em casa”, diz sobre sua classe de 1ª série. “Tento compreendê-los e incentivar o bom comportamento com elogios e recompensas”.

Um relatório publicado pelo ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, em setembro de 2016 destacou uma crise na educação de refugiados, observando que mais da metade dos seis milhões de crianças em idade escolar sob seu mandato não têm escola para ir. Na Malásia, existem cerca de 21.700 crianças refugiadas em idade escolar. Somente 30% têm acesso à educação em centros informais de aprendizado semelhantes ao que Lujain é voluntária.