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Projeto do ACNUR leva iluminação, fogões econômicos e segurança a refugiados

Comunicados à imprensa

Projeto do ACNUR leva iluminação, fogões econômicos e segurança a refugiados

Projeto do ACNUR leva iluminação, fogões econômicos e segurança a refugiadosUm programa do ACNUR que fornece iluminação e fogões econômicos a refugiados na África tem facilitado o estudo de crianças e melhorado a segurança de mulheres e meninas.
26 Janeiro 2012

GENEBRA, 26 de Janeiro (ACNUR) - Um programa do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) que fornece iluminação e fogões econômicos a campos de refugiados na África tem facilitado o estudo de crianças e melhorado a segurança de mulheres e meninas.

Em janeiro de 2011, o ACNUR lançou o programa “Anos-Luz à Frente”, previsto para durar cinco anos. O objetivo é arrecadar fundos para melhorar a alimentação e o fornecimento de luz para mais de 450 mil refugiados em sete países da África.

Até o momento, a agência conseguiu arrecadar 1,4 milhões de dólares, que possibilitaram a compra e distribuição de cerca de 200 postes solares, quase 15 mil lanternas, e mais de 8 mil fogões em campos no Chade, Djibuti, Etiópia, Quênia, Ruanda, Sudão e Uganda.

A instalação dos postes e o fornecimento de lanternas e fogões não só melhoraram a vida dos refugiados, como também deram mais segurança a eles. O período noturno pode ser perigoso para mulheres e meninas que vivem em campos sem iluminação adequada nas áreas coletivas.

A escuridão facilita que a ocorrência de violência e crimes passe desapercebida e sem controle. Mulheres e meninas são especialmente vulneráveis a ataques e agressão sexual quando vão ao banheiro ou aos locais de lavar roupa. E sem fonte de luz durante noite, as crianças são incapazes de fazer sua lição de casa. Então, eles estão mais propensos a abandonar a escola.

Os fogões de baixo consumo de combustível também desempenham um papel de proteção, porque seu uso significa que as mulheres e as meninas passam menos tempo fora de casa buscando lenha. Em áreas isoladas elas correm o risco de serem atacadas e violentadas enquanto procuram lenha para os fogões tradicionais. Com os novos fogões, há uma economia de 80% de lenha.

Na área da saúde, esses fogões também trazem benefícios, já que produzem menos fumaça. Além disso, o seu uso pode ajudar a reduzir a competição entre refugiados e comunidade local pela escassa madeira utilizada como lenha.

As inovações técnicas têm sido muito bem recebidas nos campos onde foram introduzidas. "Agora me sinto segura para caminhar à noite", disse Fatuma, uma refugiada Somali de 35 anos que vive no campo de Jijiga, na Etiópia. Ela também está empolgada com as novas lanternas, que também serve para recarregar a bateria de um celular – algo vital para se manter em contato com a família.

O somali Faisal, uma criança órfã de 15 anos, está no campo de Shedder há mais de dois anos. “A lanterna solar significa que podemos estudar à noite depois da escola”, disse ele, acrescentando: “Eu estudo por volta de duas horas por noite e estou indo bem na escola”.

Amina, uma mãe solteira com cinco filhos em Shedder, disse que as lanternas e os fogões facilitaram muito a sua vida. “Como o fogão precisa de pouca lenha, eu economizo quatro horas por dia entre a coleta de lenha e a preparação da comida”, destacou. 

“Com a iluminação solar e os fogões econômicos distribuídos por essa iniciativa, agora estamos vendo o impacto positivo na vida dos refugiados”, disse Amare Gebre Egziabher, Coordenador Sênior de Meio Ambiente do ACNUR.