Publicações orientam sobre acesso de famílias refugiadas e migrantes a políticas públicas voltadas à primeira infância
Publicações orientam sobre acesso de famílias refugiadas e migrantes a políticas públicas voltadas à primeira infância
As publicações são fruto de uma parceria entre AVSI Brasil, Fundação Bernard van Leer (FBvL), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), com apoio institucional do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
O primeiro livro, intitulado “Políticas públicas para famílias venezuelanas refugiadas e migrantes com crianças na primeira infância”, é um manual de boas práticas voltado a gestores municipais e equipes técnicas. Por sua vez, o “Guia de acesso a serviços”, também disponível em espanhol, é direcionado a famílias venezuelanas refugiadas e migrantes. Ambas as publicações foram ilustradas pela artista venezuelana Valentina Fraiz, e podem ser acessadas no site Primeira Infância Refugiada.
O evento de lançamento das publicações foi realizado no auditório do MDS, e transmitido ao vivo pelo YouTube. Durante a cerimônia, além da apresentação dos guias pela AVSI Brasil, o prefeito de Esteio (RS), Leonardo Pascoal, relatou as experiências exitosas da cidade na acolhida de famílias refugiadas e migrantes da Venezuela. Em seguida, os venezuelanos Liz Maribel e Mervin Alejandro compartilharam suas trajetórias e falaram sobre o acolhimento recebido no Brasil e a busca por proteção.
De acordo com o secretário Nacional de Assistência Social do MDS, André Quintão, no processo de reconstrução de políticas públicas, ainda é preciso melhorar a capacidade de resposta do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Portanto, “construções dessa natureza fortalecem a cidadania e o acesso de refugiados e migrantes a políticas públicas do governo brasileiro, além de serem uma grande referência para os gestores e gestoras do SUAS e de políticas públicas”, afirmou.
O representante adjunto do ACNUR no Brasil, Oscar Sanchez Pineiro, reforçou o mandato de proteção internacional da Agência e a amplitude da legislação brasileira no acolhimento a refugiados. “Mais de 800 mil venezuelanos entraram no Brasil, e metade permaneceu. Por isso, essas publicações servirão para fortalecer as equipes que estão na ponta, apoiando a garantia de direitos para famílias com crianças, que chegam com necessidades muito especificas e que buscam integração no país”, disse.