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Refugiados palestinos saem de deserto no Iraque e vão para Eslováquia

Comunicados à imprensa

Refugiados palestinos saem de deserto no Iraque e vão para Eslováquia

Refugiados palestinos saem de deserto no Iraque e vão para EslováquiaUm novo centro de trânsito aberto na Eslováquia permitirá que 98...
21 Julho 2009

BRATISLAVA, Eslováquia, 21 de julho de 2009 (ACNUR) - Um novo centro de trânsito aberto na Eslováquia permitirá que 98 refugiados palestinos saiam do campo de Al-Walid, onde têm vivido nos últimos seis anos, no deserto iraquino próximo à fronteira com a Síria. O grupo deverá chegar no centro no final de agosto, permanecendo lá por até seis meses até que seu reassentamento em outros países será concluído.

O anúncio foi feito hoje em Genebra pelo porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Ron Redmond. Segundo ele, uma das prioridades do ACNUR na região é fechar o campo de Al-Walid, que fica a dez quilômetros da fronteira do Iraque com a Síria. “Diversos países responderam ao apelo do ACNUR para reassentar esses refugiados, mas não podem entrevistá-los por razões de segurança”, afirmou Redmond.

De acordo com Redmond, ao final de maio deste ano havia 1.479 refugiados em Al Walid, 843 no campo de Al Tanf (na chamada “Terra-de-Ninguém”, entre o Iraque e a Síria) e 391 refugiados palestinos em Al Hol, no lado sírio da fronteira. Outros 10.000 refugiados palestinos encontram-se em Bagdá. O ACNUR planeja fechar os três campos até 31 de dezembro deste ano – outros três já foram fechados anteriormente.

Redmond informou que os refugiados em Al Walid foram vítimas de “contínuos ataques por parte de iraquianos locais e fugiram de Bagdá, em 2003, mas não obtiveram permissão para entrar na Síria”. O porta-voz do ACNUR explicou que estes refugiados pemanecem em um campo temporário próximo à fronteira em região de deserto sob condições precárias.

Vários países - incluindo Brasil, Chile, Estados Unidos e diversos países europeus – já reassentaram refugiados palestinos nos últimos anos. No Brasil estão cerca de 100 refugiados que vivam no campo de Ruweished, na Jordânia, e chegaram ao país há cerca de dois anos. Todos são assistidos pelo Programa de Reassentamento Solidário, implementado pelo governo brasileiro com a participação do ACNUR e de entidades da sociedade civil. Após a saída dos refugiados, o campo de Ruweished foi fechado.

O acordo para a transferência de 98 refugiados palestinos do Iraque para o novo centro de trânsito em Humenne, no noroeste da Eslováquia, foi assinado na última segunda feira na capital eslovaca, Bratislava, pelo ACNUR, o governo da Eslováquia e a Organização Internacional para a Migração (IOM).

O vice-diretor do Departamento de Proteção Internacional do ACNUR, Vicent Cochetel, agradeceu ao governo da Eslováquia pela rápida resposta ao apelo para ajudar na retirada dos refugiados de Al Walid. O Ministro do Interior da Eslováquia, Robert Kalinak, afirmou que seu Governo está satisfeito em ter a capacidade para oferecer um “período de segurança” para esses refugiados mais vulneráveis. A representante do IOM, Argentina Szabados, disse esperar que esse projeto modelo seja replicado por mais países da União Européia.

Esse é o segundo centro de trânsito aberto para facilitar o reassentamento de refugiados palestinos vindos do Iraque. Outro centro, aberto na Romênia no ano passado, abriga refugiados enquanto seu reassentamento é concluído. Entre 2008 e maio deste ano, o ACNUR submeteu para reassentamento 2.902 refugiados que vivem nos campos de Al Walid, Al Tanf e Al Hol. Deste total, 603 já vivem em novos países e outros 59 aguardam para ser reassentados na Romênia.