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Refugiados somalis no Chifre da África passam de 1 milhão

Comunicados à imprensa

Refugiados somalis no Chifre da África passam de 1 milhão

Refugiados somalis no Chifre da África passam de 1 milhãoO Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados anunciou nesta terça-feira que mais de 1 milhão de somalis buscaram proteção em países vizinhos.
17 Julho 2012

NAIROBI, Quênia, 17 de julho de 2012 (ACNUR) – O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados anunciou nesta terça-feira que mais de 1 milhão de somalis buscaram proteção em países vizinhos. Os recém-chegados citam a insegurança e a escassez de alimentos como principais motivos para o deslocamento.

Apesar de ter atingido a marca dramática de 1 milhão de refugiados desde o início da violência na Somália, em 1991, dados compilados pelo ACNUR nos principais países de destino, como Quênia e Etiópia, mostram um pequena diminuição no fluxo de somalis. Nos primeiros seis meses deste ano cerca de 30 mil pessoas foram registradas. O conflito e a pior seca em décadas obrigou a saída de mais de 137 mil somalis no primeiro semestre do ano passado. Durante todo o ano de 2011, 294 mil refugiados foram registrados nas regiões fronteiriças.

"A situação nas regiões sul e central da Somália permanece instável, apesar de haver uma sensação de relativa calma em algumas áreas. A seca tem sido menos grave este ano, mas as perspectivas para as colheitas do próximo mês são ruins. Muitas pessoas lutam para lidar com a situação e os meios de subsistência são poucos", disse Adrian Edwards, porta-voz do ACNUR, em Genebra.

Somente o ACNUR assitiu a mais de  177 mil deslocados no interior da Somália desde janeiro. "Juntamente com nossos parceiros, atingimos mais de 526 mil somalis. A prioridade foi dada para áreas de fronteira e a capital do país, Mogadíscio, que recebem pessoas viajando longas distâncias", afirmou Edwards.

A Somália está passando por uma mudança complexa. Em menos de seis semanas, a difícil transição política pode entrar em mais uma etapa crítica. Antes do fim de agosto, o país deverá ter uma nova Constituição, um novo parlamento e um novo presidente.

O ACNUR acredita que crises humanitárias devem ser resolvidas por meios políticos. Os próximos meses serão vitais para a Somália buscar soluções para o sofrimento que já  acomete o país por duas décadas.

"O povo somali tem a responsabilidade de promover a paz e estabilidade de seu próprio país. No entanto, a comunidade internacional tem o papel significativo de apoiar os somalis na busca de um resultado positivo", disse o porta-voz do ACNUR.

A crise de refugiados somalis é uma das mais longas da história. Na última década apenas outros dois conflitos forçaram mais de 1 milhão de pessoas deixarem suas casas: Afeganistão e Iraque.

A pressão sobre as comunidades que acolhem os refugiados somalis é enorme. Com a crise afetando todo o Chifre de África e demais regiões, os países vizinhos precisam de apoio internacional contínuo. Além dos milhões de refugiados em países fronteiriços, mais de 1,3 milhões de somalis estão deslocados internamente. Isto significa que um terço da população da Somália – 7,5 milhões de pessoas – vive em situação de deslocamento forçado.