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Rohingyas devem ter garantia de um retorno seguro, afirma Volker Türk do ACNUR

Comunicados à imprensa

Rohingyas devem ter garantia de um retorno seguro, afirma Volker Türk do ACNUR

Rohingyas devem ter garantia de um retorno seguro, afirma Volker Türk do ACNURO Alto Comissário Assistente para Proteção do ACNUR afirma aos refugiados rohingya em Bangladesh que qualquer retorno deve ser voluntário, seguro e digno.
9 Novembro 2017

DHAKA, Bangladesh, 09 de novembro de 2017 - O Alto Comissário Assistente para Proteção do ACNUR, Volker Türk, concluiu no dia 7/11 sua visita a Bangladesh com um apelo pela diminuição do impacto de refugiados em comunidades de acolhida, e pelo respeito ao direito dos rohingya retornarem ao local que eles chamam de lar. Durante sua visita de cinco dias, Türk encontrou com cerca de 600 mil refugiados que foram forçados a fugir devido a atos de violência em Rakhine, ao norte de Mianmar, desde meados de agosto. Ele testemunhou em primeira-mão a relação entre deslocamento forçado e apatridia.

“A situação atual é resultado de discriminação ao longo dos anos – a falta de documentação, liberdade de movimento, acesso a meios de vida”, disse o Alto Comissário Assistente. “Os refugiados me disseram que sentem não pertencer”.

“Tivemos que cruzar 11 montanhas e passamos 12 dias nos escondendo”. Na extensão do campo de Kutupalong, no distrito de Cox Bazar, ele conheceu Abdul Salam, um homem de aproximadamente 100 anos que foi forçado a fugir Buthidaung com sua esposa e duas filhas no início de setembro.

“No total, escapei de Bangladesh quatro vezes”, disse Abdul Salam. “Em 1942 quando os japoneses chegaram, e de novo em 1978. A terceira vez eu não consigo lembrar, provavelmente em 1991. Mas desta vez foi a mais difícil. Tivemos que atravessar 11 colinas e passar 12 dias escondidos na floresta. Eu não podia andar nem ver, então eles tinham que me carregar.

Sua esposa Mostaba Khatun, de 60 anos, esteve refugiada três vezes: "Em 1978, as pessoas exigiam: ‘Mostrem-nos seus papéis, vocês não pertencem aqui. "Então fomos obrigados a sair".

Abrigado em uma barraca do ACNUR na extensão do campo Kutupalong, ele não tem ideia do que o futuro reserva. Sua prioridade hoje é alimentar sua esposa grávida e quatro crianças pequenas com as porções de alimentos que receberam.