Tanzânia se destaca por nova abordagem ambiental
Tanzânia se destaca por nova abordagem ambiental
26 de janeiro de 2017 (ACNUR) - Refugiados na Tanzânia encontram uma vida segura em um país estável que conta com um governo e pessoas receptivas. Porém, as intensas demandas que impetraram por décadas em uma paisagem rural e sensível, estão degradando o meio ambiente e fazendo com que as relações se deteriorem. Quando refugiados e membros da comunidade anfitriã precisam caminhar até 15 quilômetros em busca de lenha para usar na cozinha, significa que eles estão em uma situação ambiental, política e humanitária precária, situação que o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, está analisando.
Não existe uma estratégia global para o meio ambiente, como existe para os meios de subsistência, abrigo e outros setores. Assim, uma estratégia do meio-ambiente e bem-estar, agora em elaboração pelo ACNUR na Tanzânia, está estabelecendo um novo padrão de como as operações no país vão suavizar o impacto dos refugiados no ambiente.
“É abrangente e muito holística”, diz Mark Gibson, o consultor do ACNUR que está redigindo a estratégia. “O governo nacional e local, juntamente com nossos parceiros ambientais têm sido muito favoráveis ao seu desenvolvimento”.
Enfrentando velhos problemas e prevenindo os novos
Os 250 mil refugiados que vivem atualmente na Tanzânia são 100% dependentes de lenha para cozinhar e para suprir outras necessidades energéticas. O ACNUR tentou resolver os danos em curso e lançou uma campanha sobre a exploração madeireira que pedia aos refugiados que tirassem das florestas apenas o que precisavam e que trabalhassem com parceiros ambientais para cultivar 1,3 milhões de mudas de árvores apenas em 2016. Mas ter uma estratégia para proteger e restaurar o ambiente significa um grande salto, onde anteriormente apenas pequenos passos foram dados.
A estratégia apresenta uma visão nobre e abrangente do que poderia ser a relação entre refugiados e meio-ambiente. Ela procura “assegurar que os refugiados sejam acolhidos de forma a prevenir, minimizar e/ou remediar danos ambientais por meio de intervenções culturalmente aceitáveis, sustentáveis ??e que respeitem as relações dinâmicas entre o uso dos recursos naturais, a qualidade ambiental, a saúde, o bem-estar e as necessidades das comunidades de refugiados e de anfitriões".