Trabalhos que transformam vidas: conheça alguns dos indicados ao Prêmio Nansen 2017
Trabalhos que transformam vidas: conheça alguns dos indicados ao Prêmio Nansen 2017
GENEBRA, 08 de setembro de 2017 - Da promoção da educação entre os refugiados no oeste de Uganda ao acolhimento de solicitantes de refúgio LGBTI que fogem de perseguições na América Central, estes cinco indicados ao Prêmio Nansen 2017 do ACNUR representam o empenho e a dedicação de todos aqueles que apoiam pessoas deslocadas por guerras e violência em todo o mundo.
O prestigioso prêmio humanitário foi criado em 1954, em memória do primeiro Alto Comissário para Refugiados, Fridjtof Nansen. O vencedor de 2017 será anunciado no dia 18 de setembro e o atual Alto Comissário, Filippo Grandi, apresentará o prêmio e entregará 150 mil dólares em dinheiro ao vencedor na cerimônia que acontecerá no dia 02 de outubro em Genebra.
Entre os indicados ao Prêmio Nansen 2017, está a organização não-governamental COBURWAS (Congo, Burundi, Ruanda e Sudão) Organização Internacional da Juventude para a Transformação da África (CIYOTA), fundada por jovens refugiados de diferentes nacionalidades no campo de Kyangwali, em Uganda.
Sua missão é transformar a vida de jovens refugiados, particularmente as meninas, tendo como sua principal ferramenta a educação.
O grupo ajudou menores não-acompanhados logo no primeiro momento em que chegaram ao campo e ministrou as aulas por conta própria. Suas atividades evoluíram rapidamente e, atualmente, eles apoiam o ensino primário e secundário, garantem bolsas de estudo para instituições em todo o mundo e criam programas de meios de subsistência.
CIYOTA agora é uma ONG estabelecida, com uma reputação global de excelência e liderada inteiramente por jovens refugiados.
Joseph Munyambanza, de 25 anos, é o co-fundador e diretor executivo. Joseph tornou-se refugiado aos seis anos, quando foi forçado a fugir da guerra na República Democrática do Congo. Frustrado com as oportunidades disponíveis no acampamento, ele uniu forças com outros três refugiados de Burundi, Ruanda e do Sudão para criar CIYOTA.
"Ao dar às crianças refugiadas uma educação de qualidade, nós realmente abrimos um grande mundo para elas, onde são livres, mas também colaboram com algo especial - suas habilidades, seu talento, sua confiança de que realmente podem contribuir para criar um mundo melhor", disse ele.