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Uma ajuda para reconstruir seus lares: Equador oito meses depois do terremoto

Comunicados à imprensa

Uma ajuda para reconstruir seus lares: Equador oito meses depois do terremoto

Uma ajuda para reconstruir seus lares: Equador oito meses depois do terremotoMaria, uma refugiada afetada pelo terremoto de abril deste ano, conseguiu apoio do governo equatoriano para alugar uma nova casa.
29 Dezembro 2016

ESMERALDAS, Equador, 29 de dezembro de 2016 – Ali do bairro La Colectiva, localizado no alto de uma colina, é possível enxergar o contorno da cidade costeira de Esmeraldas, às margens do Pacífico equatoriano. Lá, Maria havia construído sua casa de madeira. Mas a estrutura não resistiu ao solavanco da natureza.

“Ainda que nos dissessem que era uma zona de risco, todo mundo construía nessa área do bairro. Um vizinho nos ofereceu um pedaço de terra, e meu marido e eu construímos ali o nosso lar”, relata essa mulher refugiada de 31 anos que em 2012 foi forçada a deixar Tumaco, sua terra natal localizada na Colômbia para buscar segurança no Equador.

Para Maria, apesar das precárias condições de vida que enfrentava devido ao difícil acesso à colina e aos escassos serviços básicos, era importante ter uma casa própria. Mas seu lar foi devastado pelo terremoto que afetou a costa ocidental do Equador em abril deste ano.

“No dia do terremoto, eu estava no parque trabalhando, vendendo sucos. Quando começou, corri e abracei uma desconhecida. Chorava pensando no meu sobrinho que me esperava sozinho em casa e no meu marido, que eu não sabia onde estava”.

Maria, assim como cerca de 800.000 pessoas, das quais 400 são refugiadas e solicitantes de refúgio no Equador, sofreu as consequências do terremoto de 7.8 graus que deixou, no dia 16 de abril, cerca de 700 mortos nas províncias de Esmeraldas e Manabí, e também dos tremores que têm acontecido desde então, alguns com magnitude 6.5.

“Minha casa resistiu ao primeiro terremoto de abril, mas os tremores de maio a deixaram muito avariada. Por isso, fomos para o abrigo, onde vivemos por 5 meses”, relata ela, e acrescenta: “Conviver com pessoas que não conhecemos nos ensina muito. Não é fácil, mas aprendemos a valorizar o que temos e a nos esforçarmos ainda mais”.