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Declaração da Enviada Especial do ACNUR, Angelina Jolie, para o Dia Mundial do Refugiado 2013

Comunicados à imprensa

Declaração da Enviada Especial do ACNUR, Angelina Jolie, para o Dia Mundial do Refugiado 2013

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21 Junho 2013

Press Releases, 20 de Junho 2013

O impacto do conflito sírio na Jordânia e em toda a região representa a pior crise humanitária atualmente em curso em todo o mundo.

1,6 milhão de pessoas fugiram da Síria levando nada mais do que a roupa do corpo, e mais e mais pessoas entram nos países da região a cada minuto.

Mais da metade é formada por crianças.

Eles deixaram para trás um país no qual milhares de pessoas estão deslocadas, sofrendo com a fome, privações e medo; no qual incontáveis mulheres e meninas foram vítimas de estupro e violência sexual; no qual uma geração inteira de crianças está fora da escola; onde ao menos 93 mil pessoas foram assassinadas: amigos, vizinhos, pais, mães e filhos dos refugiados que hoje vivem neste campo.

Gostaria de agradecer as pessoas na Jordânia, Líbano, Iraque e Turquia por acolher os refugiados sírios em suas casas e comunidades. Sua generosidade está salvando vidas. Mas eles não podem fazer isso sozinhos. Eles precisam de apoio e recursos financeiros. A economia destes países e está sobrecarregada, o que representa grande risco à sua estabilidade.

Peço para que todas as partes envolvidas no conflito sírio cessem os ataques aos civís e permitam o acesso da ajuda humanitária.

E faço um apelo aos líderes mundiais – por favor, deixem de lado suas diferenças, unam-se para acabar com a violência, fazendo a diplomacia triunfar. O Conselho de Segurança da ONU deve desempenhar suas responsabilidades. A cada 14 segundos alguém cruza a fronteira síria, tornando-se um refugiado. E ao final dese ano, metade da população síria – dez milhões de pessoas – precisará de ajuda para se alimentar, abrigar, como também de outros tipos de assistência. A vida de milhares de pessoas está em suas mãos. Busquem interesses comuns.

Hoje, Dia Mundial do Refugiado, gostaria de dizer uma palavra sobre os mais de 15 milhões de pessoas que vivem como refugiados em todo o mundo.

Refugiados são constantemente esquecidos e frequentemente incompreendidos. Eles são vistos como um fardo, como pessoas indefesas, ou como pessoas que simplesmente desejam se deslocar para outro país. Isto não é o que eles são.

Conheci refugiados em todo o mundo. São pessoas resilientes, trabalhadoras e graciosas. Eles viveram mais violência e encararam mais medo do que jamais enfrentaremos. Perderam suas casas, seus pertences, seus países.

Frenquentemente, perderam suas famílias e amigos em trágicos acontecimentos. Confrontados pela guerra e pela opressão, os refugiados escolheram não pegar em armas, mas encontrar segurança para suas famílias. Eles merecem nosso respeito, nosso reconhecimento e nosso apoio – não somente hoje, mas sempre, por toda provação que experimentaram. 

Ao ajudar refugiados, aqui no campo de Za’atri e em todo o mundo, estamos investindo em pessoas que, um dia, reconstruirão seus países, como também, em um mundo muito mais pacífico para todos nós. Por isso, no dia de hoje, homenageio e também me sinto privilegiada por estar junto deles.