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Governo do México e ACNUR apresentam relatórios sobre integração dos refugiados

Comunicados à imprensa

Governo do México e ACNUR apresentam relatórios sobre integração dos refugiados

O escritório do ACNUR no México e o governo do país apresentaram no início deste mês o relatório “Refugiados no México. Perfis sociodemográficos e integração social”.
20 May 2013

CIDADE DO MÉXICO, 8 de maio de 2013 (ACNUR) – O escritório da Agência da ONU para Refugiados no México e o governo do país apresentaram no início deste mês o relatório “Refugiados no México. Perfis sociodemográficos e integração social”, feito por meio da Unidade de Política Migratória e da Comissão Mexicana de Ajuda a Refugiados, ligados ao Ministério do Interior.

O documento é resultado de uma pesquisa realizada entre os refugiados que chegaram ao México entre 2002 e 2011. O objetivo foi obter dados concretos sobre o perfil das pessoas que chegaram ao país nos últimos anos, assim como seu nível de integração na sociedade mexicana. Cerca de 30% do total da população refugiada foi entrevistada.

A pesquisa foi realizada majoritariamente na casa dos próprios refugiados. As 121 questões referiam-se à situação da moradia, serviços, características sociodemográficas e econômicas dos refugiados, além de informações sobre emprego, educação, acesso aos serviços de saúde, atividades recreativas e percepções de vida. O questionário englobava ainda a situação dos refugiados antes de sair de seus países de origem, sua chegada ao México, o momento de solicitar o reconhecimento da condição de refúgio e sua situação no momento da pesquisa.

O Representante Regional do ACNUR para América Central, México e Cuba, Fernando Protti Alvarado, ressaltou a importância de ter estatísticas atualizadas sobre os refugiados no país. “Sabíamos pouco sobre esta população. O ACNUR fez um levantamento anteriormente mas esta é a primeira pesquisa realizada em parceria com o governo mexicano”. Protti destacou ainda a contribuição do estudo para “tornar visível uma população que, apesar de continuar chegando ao México, é pouco conhecida”.

Durante o evento de divulgação do relatório, Salvador Cobo, um dos autores da publicação, apresentou as principais conclusões do estudo. Ele destacou que a maioria da população é composta por jovens com cerca de 29 anos de idade, 70% são de países latino-americanos, seguidos de países africanos e asiáticos, e mais de 86% vivem na Cidade do México, na área metropolitana e no Estado do México. Destacou uma maior presença de mulheres refugiadas em casos de chegadas mais recentes, provenientes, principalmente, da América Central e do Sul (55,9% e 59,5%, respectivamente).

O evento foi presidido pela Subsecretária de População, Migração e Assuntos Religiosos, professora Mercedes del Carmen Guillén, pelo titular da Unidade de Política Migratória, Omar de la Torre, a Coordenadora da COMAR, Sandra Velasco, e o Representante do ACNUR no México, Hamdi Bukhari.

A subsecretária Guillén ressaltou a importante contribuição deste trabalho “para mostrar a realidade de uma das faces mais dramáticas do fenômeno migratório”. Também parabenizou os envolvidos na elaboração da obra “que é parte do planejamento e defesa de uma causa com a qual o México, a sociedade e o governo estão absolutamente comprometidos”.

“O México é e seguirá sendo um destino generoso, solidário e aberto ao refúgio. A salvaguarda integral do refúgio é uma prioridade, continuaremos honrando este compromisso com fatos concretos e melhorando o desempenho da luta pela defesa dos direitos humanos de acordo com as metas nacionais, sendo um México inclusivo e de responsabilidade global”, concluiu a subsecretária de População, Migração e Assuntos Religiosos.