Enchentes na Líbia
Enchentes na Líbia
Não se sabe quantas pessoas ainda serão forçadas a se deslocar para buscar proteção.
A tempestade Daniel trouxe o maior índice de precipitação já registrado, quebrando barragens e devastando áreas completamente pela água.
Esse desastre natural não está apenas gerando mais deslocamentos, mas também tornando a vida de dezenas de milhares de refugiados e deslocados internos na Líbia ainda mais precária.
![Niger. Emergency Transit Mechanism in Hamdallaye](/br/sites/br/files/RF1223887.jpg ""I survived death, but it continues to haunt me." 20 years ago, Fatima fled the horrors of Darfur with her husband (who died in a hospital in Lybia). Alone, she took refuge in Libya and managed to get back to Niger. She is now waiting at the Emergency Transit Mechanism in Hamdallaye to be ressettled in Finland, where she hopes to finally escape the ghosts of war.")
refugiados sudaneses chegaram à Líbia desde abril de 2023.
foram registrados pelo ACNUR.
indivíduos entraram na Líbia por meio de pontos de passagem de fronteira não oficiais.
Acesse o portal de dados para mais informações em inglês.
Estima-se que mais de 98.700 refugiados sudaneses tenham chegado à Líbia desde abril de 2023. Isso inclui 27.937 indivíduos que foram registrados após o conflito, elevando o número total de sudaneses registrados pelo ACNUR no país para 47.179.
As autoridades estimam que cerca de 65.000 sudaneses tenham chegado somente por Alkufra, com 300 a 400 novas chegadas por dia. Devido à natureza irregular da entrada, a ausência de dados compartilhados pelas autoridades e a vasta e remota fronteira terrestre com o Chade, o Egito e o Sudão, combinados com os movimentos em direção às cidades ao longo da costa, continua sendo um desafio fornecer um número preciso número exato de refugiados sudaneses.
Os refugiados, solicitantes de refúgio, migrantes e líbios deslocados internos estão entre aqueles que correm maiores riscos. São pessoas que vivem em condições inseguras, com pouco ou nenhum acesso a cuidados de saúde, medicamentos essenciais, alimentos, água potável, abrigo ou educação.
Em nota, o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou tristeza e solidariedade com os afetados, destacando que “as Nações Unidas estão trabalhando com parceiros locais, nacionais e internacionais para fornecer a necessária e urgente assistência humanitária às pessoas nas áreas afetadas”.
O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários e coordenador de Ajuda de Emergência, Martin Griffiths, alocou US$ 10 milhões do CERF (Fundo Central de Resposta a Emergências) para apoiar as operações de emergência.
Após o pedido de assistência internacional da Missão Permanente do Estado da Líbia ao escritório das Nações Unidas em Genebra, o ACNUR está trabalhando em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para responder à situação como parte de uma resposta conjunta das Nações Unidas.
Como o ACNUR está respondendo às inundações?
A resposta do ACNUR para refugiados, solicitantes de refúgio, deslocados internos e novos deslocados em função das inundações inclui:
Suprimentos não alimentares: distribuição de lonas, kits de higiene, lençóis de plástico, lanternas solares etc.
Proteção:
- Expansão da linha direta e comunicação exclusiva junto às comunidades, incluindo mecanismos de encaminhamento.
- Estabelecimento de medidas de assistência definidas em conjunto com as comunidades, tendo as crianças sem família como prioridade.
- Fornecimento de apoio psicossocial para as populações afetadas.
- Assistência financeira, se os sistemas bancários locais permitirem.
Saúde: suprimentos médicos e equipamentos para apoiar clínicas de atenção primária e equipes de campo.
Abrigo: fornecimento de barracas de abrigamento em pequena escala para as pessoas desabrigadas nas áreas mais afetadas pelas inundações.