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Seminário em São Paulo debate a crise humanitária venezuelana e a importância da cooperação internacional

Comunicados à imprensa

Seminário em São Paulo debate a crise humanitária venezuelana e a importância da cooperação internacional

12 Abril 2024
Seminário contou com a presença da Subsecretária de Estado do Ministério das Relações Exteriores da Itália, Maria Tripodi. ©ACNUR/Ana Maria Pydd
São Paulo, 11 de abril de 2024 – A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) realizou, na quinta-feira (11), um seminário sobre a estratégia global para uma resposta eficaz e sustentável à crise humanitária de pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela.

O evento “A crise humanitária venezuelana e a importância do apoio da cooperação internacional” foi promovido com o apoio do Consulado Geral da Itália em São Paulo e da AVSI Brasil, e contou com a presença da Subsecretária de Estado do Ministério das Relações Exteriores da Itália, Maria Tripodi.

“Como país, acreditamos muito na cooperação, e acho que isso fica evidente em todas as nossas relações institucionais. Posso garantir que continuaremos nesse caminho e, na verdade, o fortaleceremos. O governo italiano se preocupa muito com a cooperação e se preocupa muito com essa área do mundo”, disse a Subsecretária.

Venezuelanos no Brasil

Desde final do 2022, o Brasil tem recebido, por dia, entre 350 e 500 pessoas da Venezuela – apenas em 2023, foram registradas 127.430 chegadas, um aumento de 24%. Ao todo, mais de 570 mil refugiados e migrantes venezuelanos foram acolhidos no país desde 2017.

A venezuelana Risett Campos é uma dessas pessoas. Ela participou do seminário com um relato emocionante sobre sua jornada de deslocamento e inclusão.

Risett foi recepcionada pela Operação Acolhida, recebeu abrigo em Roraima e, por meio da participação no projeto Empoderando Refugiadas, conseguiu emprego em uma agência de turismo em São Paulo. Hoje, ela também é mãe de uma brasileira de 3 anos. “Eu cheguei aqui graças a todos vocês e é muito gratificante estar aqui contando a minha jornada”, disse aos presentes.

O ACNUR entende que emergências humanitárias como a da Venezuela exigem colaboração entre governos locais, agências do sistema ONU, países doadores e sociedade civil. A Operação Acolhida é vista como uma dessas respostas inovadoras de coordenação.

“Enfrentamos uma situação de contínua necessidade de uma resposta humanitária, com poucos retornos espontâneos, e a necessidade de redobrar esforços de integração e de inclusão socioeconômica por um número crescente de refugiados e migrantes. Países como o Brasil estão tomando mais e mais a responsabilidade financeira na resposta humanitária, mas precisam do apoio complementar da comunidade internacional”, explicou o Representante do ACNUR no Brasil, Davide Torzilli.

Apoio da Itália

O ACNUR reconhece o impacto do apoio da Itália, considerando tanto os financiamentos flexíveis que permitem ao ACNUR ser mais eficiente e rápido em sua resposta, quanto às contribuições específicas para países como o Brasil.

Em 2024, a Itália está apoiando o ACNUR na prestação de proteção e assistência humanitária a comunidades indígenas, bem como a crianças e adolescentes refugiados e migrantes da Venezuela no Brasil.