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Empresas e organizações brasileiras apresentarão no Fórum Global sobre Refugiados compromisso de 16 mil contratações e capacitações

Comunicados à imprensa

Empresas e organizações brasileiras apresentarão no Fórum Global sobre Refugiados compromisso de 16 mil contratações e capacitações

13 Dezembro 2023
Empresas e organizações brasileiras participantes do Fórum Empresas com Refugiados reuniram-se em outubro deste ano para discutirem e apresentarem boas práticas de inclusão e integração de refugiados no mercado brasileiro. ©Divulgação/Letícia Aoki/Victor Paris
Brasília, 13 de dezembro de 2023 – O 2º Fórum Global sobre Refugiados já teve início em Genebra, por meio de eventos vinculados que trazem alguns papéis de destaque das ações e compromissos assumidos por entes brasileiros. Realizado a cada quatro anos, o Fórum Global sobre Refugiados agrega uma ampla gama de diferentes interlocutores governamentais e não governamentais, como empresas e instituições privadas, para apresentarem e discutirem compromissos públicos de apoio à população refugiada em diversas frentes de atuação.

Neste ano, o Fórum Empresas com Refugiados, iniciativa da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e do Pacto Global da ONU no Brasil, estimulou a participação de seus integrantes neste movimento global para apresentação de compromissos concretos de inclusão socioeconômica de pessoas de diferentes partes do mundo que foram forçadas a se deslocar. O esforço conjunto resultou em um cenário promissor: até o fim de 2027, as 18 empresas e organizações se comprometem a contratar mais de 1,2 mil pessoas refugiadas no Brasil e capacitar para o mercado de trabalho ou apoiar com inclusão econômica mais de 15 mil.

“O Fórum Global sobre Refugiados consolida o anúncio de contribuições concretas em apoio aos objetivos do Pacto Global sobre Refugiados, que foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em 2018 com o intuito de promover a autossuficiência de pessoas refugiadas e diminuir a pressão sobre os países anfitriões, entre outros objetivos. Aqui no Brasil, por meio do Fórum Empresas com Refugiados, acreditamos e apoiamos o setor privado para que dê oportunidades para que os profissionais refugiados se restabeleçam, tenham dignidade e autonomia, e possam contribuir ao agregar suas capacidades e diversidade”, aponta o Representante do ACNUR no Brasil, Davide Torzilli.

Além das empresas e organizações, o próprio Pacto Global da ONU no Brasil apresentou compromissos para fortalecer as iniciativas conjuntas com o ACNUR, como o Fórum Empresas com Refugiados, a plataforma Refugiados Empreendedores e o projeto Empoderando Refugiadas. O tema da inclusão de pessoas refugiadas nos modelos produtivos de negócio, refletindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a agenda ESG, tende ainda a ser apropriada em diversas outras possibilidades.

“A área de Direitos Humanos e Trabalho do Pacto Global da ONU no Brasil entende que a pauta de pessoas em deslocamento forçado é urgente e transversal as nossas iniciativas prioritárias dos Movimentos da Ambição 2030, da estratégia para 2024 das frentes de Trabalho e Diversidade, Equidade e Inclusão. Nos dois últimos anos, tivemos um crescimento de cerca de 85% no número de empresas engajadas no Fórum Empresas com Refugiados. Esse número demonstra a relevância do tema e do importante trabalho que este Fórum realiza. A união de forças entre Pacto Global da ONU no Brasil e ACNUR vem reforçar nosso apoio à jornada de sustentabilidade das empresas, especialmente com relação ao tema dos refugiados. Oferecemos conteúdos referenciados e criamos um espaço para troca de práticas a fim de ampliar as oportunidades de emprego e o direito a uma nova vida das pessoas que buscam proteção internacional no Brasil”, comenta Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

Uma das empresas que já estão engajadas com essa causa no Brasil é a Foundever. A companhia, mobilizadora do Fórum Empresas com Refugiados, iniciou a contratação de profissionais refugiados em 2014, com a admissão de nove colaboradores. Com os resultados advindos dessa contratação inicial, a partir de 2019 começou a olhar para o tema de forma mais estratégica e hoje conta com cerca de 650 profissionais vindos de diferentes países. Com o engajamento no tema, inclusive pelas altas lideranças e em nível global, a companhia irá participar presencialmente do evento em Genebra.

“Estamos assumindo um compromisso público de contratação de pessoas refugiadas no Brasil e isso é muito importante para conseguirmos priorizar essa população em nossos programas de diversidade nos próximos quatro anos. Também é uma forma de inspirar que outras empresas deem oportunidade para essas pessoas altamente qualificadas e comprometidas. Ao abrir as portas da empresa aos profissionais refugiados, não apenas estamos diversificando nossa equipe, mas investindo na riqueza que surge de histórias e exemplos de resiliência, experiência e determinação que acompanham cada indivíduo que busca um novo lar, estabilidade financeira e emocional, além de uma oportunidade para contribuir efetivamente para a agenda ESG”, ressalta Adriana Wells, diretora de RH da Foundever.

Confira algumas empresas e organizações que apresentaram compromissos (os detalhes de cada compromisso proposto estão disponíveis aqui):

  • A.C.Camargo Cancer Center: contratar 53 pessoas refugiadas (alcançando 2% de seus funcionários);
  • Accor: contratar 280 pessoas refugiadas e capacitar 600 profissionais;
  • Banco Pérola: conceder microcrédito a 200 empreendedores refugiados em todo o país;
  • Belgo Arames: capacitar 400 pessoas refugiadas para inserção no mercado de trabalho;
  • BRF: capacitar 500 pessoas refugiadas e migrantes com curso de português e contratar 400 profissionais;
  • CIEE: capacitar 1.000 pessoas refugiadas;
  • Construtora Tenda: contratar 100 pessoas refugiadas (alcançando 10% de seus trabalhadores(as) no canteiro de obras);
  • Espro: Capacitar 400 pessoas refugiadas para inserção no mercado de trabalho;
  • Foundever: contratar 400 pessoas refugiadas;
  • Foxtime: capacitar 720 pessoas refugiadas para inserção no mercado de trabalho;
  • Hospital Albert Einstein: aumentar em 20% a contratação de pessoas refugiadas e capacitar 50 profissionais;
  • Lingopass: capacitar 10.000 pessoas refugiadas em cursos de português on-line e treinamento e workshops para aprimorar habilidades profissionais;
  • Grupo Mulheres do Brasil: capacitar 80 pessoas refugiadas;
  • Nurap: capacitar 280 pessoas refugiadas para inserção no mercado de trabalho;
  • Vagas: capacitar 400 pessoas refugiadas para inserção no mercado de trabalho;
  • VVolunteer: capacitar 500 pessoas refugiadas para inserção no mercado de trabalho e reintegração socioeconômica.

Sobre o Fórum Global sobre Refugiados

Realizado a cada quatro anos, o Fórum é o maior encontro internacional do mundo sobre refugiados, criado para apoiar a implementação prática dos objetivos definidos no Pacto Global sobre Refugiados: diminuir as pressões sobre os países anfitriões; aumentar a autossuficiência das pessoas refugiadas; aumentar o acesso a soluções de países terceiros; e melhorar as condições nos países de origem. O Fórum oferece a oportunidade para que os Estados, empresas e diversas outras instituições públicas, privadas e do terceiro setor anunciem compromissos e contribuições concretas, destaquem o progresso feito, compartilhem boas práticas e avaliem os desafios e as oportunidades que estão por vir. O 2º Fórum Global sobre Refugiados acontecerá em plenária entre 13 e 15 de dezembro de 2023 em Genebra, na Suíça. A programação do Fórum (em inglês) está disponível aqui.

Sobre o Fórum Empresas com Refugiados

O Fórum Empresas com Refugiados é uma iniciativa da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e do Pacto Global da ONU no Brasil. O Fórum é formado por cerca de 100 empresas e outros tipos de organizações empresariais interessadas em apoiar a inclusão de pessoas refugiadas no mercado de trabalho brasileiro. O Fórum visa promover a troca de experiências entre empresas, ações de capacitação para a contratação de pessoas refugiadas e compartilhamento de boas práticas na inclusão dessas pessoas refugiadas nos ambientes de trabalho, assim como outros tipos de experiências que apoiam esta população.