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Agências da ONU, Governo de Luxemburgo, ONGs e empresas debatem sobre o empoderamento econômico de mulheres refugiadas e migrantes no Brasil

Comunicados à imprensa

Agências da ONU, Governo de Luxemburgo, ONGs e empresas debatem sobre o empoderamento econômico de mulheres refugiadas e migrantes no Brasil

17 Março 2022
Representantes da Embaixada de Luxemburgo, ACNUR, ONU Mulheres, UNFPA e empreendedora venezuelana participam do evento em São Paulo. © ONU Mulheres/Fernanda Luz

O Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 de março, foi marcado por uma grande convocação à ação de governos, empresas privadas e mídia em favor do empoderamento econômico e da inclusão social das mulheres refugiadas e migrantes no Brasil. O evento “Integrar e Empoderar: por direitos e oportunidades para mulheres refugiadas e migrantes no Brasil” reuniu representantes de diferentes setores da sociedade para pensar iniciativas, refletir sobre demandas e propor soluções voltadas para a integração socioeconômica dessa população.

O evento foi promovido pela ONU Mulheres como parte do programa Moverse – Empoderamento Econômico de Mulheres Refugiadas e Migrantes e no Brasil, desenvolvido em conjunto com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), sob o financiamento do Governo de Luxemburgo. A ação também foi realizada em parceria com a Aliança Sem Estereótipo, iniciativa da ONU Mulheres destinada a promover a igualdade de gênero na publicidade e eliminar a reprodução de estereótipos por meio de reflexões e ações conjuntas com os principais agentes do setor publicitário, incluindo agências e anunciantes.

A programação contou com painéis de debates e culminou com organizações assinando a Carta de Compromisso em prol do Empoderamento Econômico das Mulheres Refugiadas e Migrantes. Durante o evento, a carta foi assinada pelas empresas Accor, CVC, C&A, Instituto C&A, Electrolux, Sodexo On-site, Renner, Instituto Lojas Renner, Riachuelo e Unilever.

Ação integrada – Os diferentes setores da sociedade envolvidos no evento ouviram e dialogaram sobre as demandas das mulheres refugiadas e migrantes no Brasil, buscando compartilhar a responsabilidade e seus compromissos sociais para a integração econômica e social de mulheres que buscam proteção no país.

A integração foi destacada pelo embaixador de Luxemburgo no Brasil, Carlo Krieger, durante a abertura do evento. “O Moverse é o segundo programa financiado por Luxemburgo junto à ONU Mulheres, ao ACNUR e ao UNFPA, com o objetivo de dar apoio às mulheres refugiadas e migrantes da Venezuela, para que tenham um futuro socioeconômico aqui no Brasil. Gostaria de agradecer a todas as pessoas aqui presentes, às empresas privadas e a sociedade civil brasileira que contribuem para o sucesso desse programa”, afirmou.

A associada de proteção do ACNUR, Silvia Sander, afirmou que “por mais que estejam enfrentando cenários sem precedentes de deslocamento forçado de pessoas, somando mais de 82 milhões de pessoas nessa condição, é importante não se deixar ninguém para trás, reafirmar os compromissos da Agenda 2030 e assegurar os direitos das pessoas refugiadas para avançarmos em sua integração local”, completou.

A representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, ressaltou que “a integração das mulheres refugiadas e migrantes é uma questão humanitária e de desenvolvimento sustentável no Brasil, uma questão de direitos humanos, de igualdade de gênero e de bem-estar econômico do país”, justificando a importância de reunir profissionais de diferentes áreas e representantes das mulheres venezuelanas durante o evento.

Para Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil, “a garantia de direitos e a integração socioeconômica de mulheres refugiadas e migrantes precisa estar no centro do nosso esforço, ainda mais agora, quando milhares delas estão atravessando fronteiras ao redor do mundo em busca de uma vida melhor”, lembrando também que, historicamente, mulheres e meninas são mais afetadas durante as crises humanitárias.

Ao longo do dia, os painéis temáticos abordaram diferentes temáticas complementares sobre a integração de mulheres refugiadas, com destaque para os temas “Empregabilidade na prática: o papel do setor privado na integração de mulheres refugiadas e migrantes”; “Políticas públicas para a integração socioeconômica: iniciativas públicas que mudaram as vidas de mulheres refugiadas e migrantes”; “Eliminação de estereótipos discriminatórios baseados em gênero e raça: as experiências da indústria de mídia e publicidade”; “Eliminação e prevenção de violência contra mulheres refugiadas e migrantes”. Os debates tiveram contribuições virtuais de personalidades como Thais Araújo e Camila Pitanga.

Vídeo com Camila Pitanga:

Vídeo com Thaís Araújo:

Ao final do evento, uma Carta-manifesto pela eliminação da violência contra meninas e mulheres foi apresentada. Confira o conteúdo clicando aqui.