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Depois de perder tudo, dois refugiados encontram esperança na Colômbia

Comunicados à imprensa

Depois de perder tudo, dois refugiados encontram esperança na Colômbia

Depois de perder tudo, dois refugiados encontram esperança na ColômbiaEsta é a história de Antônio, um salvadorenho, e Jonathan, um refugiado de Sri Lanka, que chegaram à Colômbia há quatro anos buscando alcançar os Estados Unidos e o Canadá.
4 Setembro 2013

BOGOTÁ, Colômbia, 14 de agosto de 2013 (ACNUR) – Segundo o relatório Tendências Globais 2012 divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) há cerca de um mês, ao final de 2012 mais de 45,2 milhões de pessoas encontravam-se forçosamente deslocadas no mundo, sendo 15,4 milhões refugiadas. O informe também ressalta que a cada 4,1 segundos há um novo refugiado ou deslocado interno.

Esta é a história de Antônio *, um salvadorenho, e Jonathan*, um refugiado de Sri Lanka, que hoje fazem parte destes números. Os dois chegaram à Colômbia há quatro anos buscando alcançar os Estados Unidos e o Canadá, com o objetivo de conseguir a segurança e a paz que perderam em seus países de origem. Agora, compartilham sua vida e experiência de asilo desde um estabelecimento comercial na Colômbia.

Antônio, quem tem 40 anos, saiu de El Salvador com uma mala, seus dos filhos e sua esposa, rumo à Colômbia, país que não exigia visto e no qual tinha um familiar. Hoje olha para o passado com tristeza relembra que teve que abandonar aquilo que com tanto esforço construiu no seu país. “Eu era um comerciante, tinha meu emprego, estava bem. Mas a situação de segurança me obrigou a fugir”, afirma Antônio.

A história de Jonathan não é muito diferente. Chegou à Colômbia fugindo do conflito no seu país, não falava espanhol e junto com um amigo esperava que sua estadia nos país fosse curta, pois planejava chegar aos Estados Unidos como destino final. Seu amigo deixou a Colômbia como planejado, mas ele decidiu ficar, pois viu semelhanças com o comércio da Sri Lanka – o que permitiria começar com o pé direito uma nova vida.

Depois de uns meses neste país, Antônio e Jonathan se aproximaram do Secretariado Nacional de Pastoral Social (SNPS), principal parceiro implementador do ACNUR na Colômbia para o programa de assistência a solicitantes de asilo e refugiados nos pais. O SNPS proveu assistência legal, ajuda humanitária e alojamento, facilitando sua estadia nos país.

A revisão de suas solicitações demorou pelo menos quatro messes, durante os quais dependeram da ajuda brindada pelo SNPS e pelo ACNUR – pois os solicitantes de refúgio na Colômbia não podem trabalhar durante o processo de avaliação dos seus pedidos.

Passados estes quatro messes. Antônio e sua família, assim como Jonathan, conseguiram estabelecer sua permanência no país ao serem reconhecidos como refugiados em 2009.

Já se passaram quatro anos desde a chegada deles à Colômbia, ainda que o processo de adaptação tenha sido difícil para os dois, pelo idioma, a cultura, a comida e a saudade.

Mas ambos reconhecem que aqui encontraram uma esperança da vida. “Tem sido difícil, mas também temos encontrado pessoas muito boas, que nos ajudaram sem nos conhecer”, diz Antônio.

A Pastoral Social e o ACNUR, por meio da estratégia de integração local e fortalecimento de meios de vida para pessoas reconhecidas como refugiados pelo governo colombiano, facilitaram que Antônio e Jonathan abrissem um estabelecimento comercial para melhorar sua qualidade de vida e gerar renda para eles e suas famílias.

Juntos compartilham um salão de beleza e uma oficina de conserto de celulares.

Antônio e sua esposa são os encarregados do salão, enquanto Jonathan se responsabiliza pelo conserto dos celulares. O negócio foi aberto há alguns meses.

Talvez, no fundo de seus corações, queiram voltar para seus países de origem. Mas hoje têm suas esperanças postas nesta nova oportunidade, que não só os ajudara a estabilizar sua situação, mas também a procurar um futuro melhor.

Por Ángela María Méndez, em Bogotá, Colômbia.

*Nomes trocados por motivo de seguridança.