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Mortes por cólera entre refugiados do Burundi e população local na Tanzânia diminuem

Comunicados à imprensa

Mortes por cólera entre refugiados do Burundi e população local na Tanzânia diminuem

Mortes por cólera entre refugiados do Burundi e população local na Tanzânia diminuemNo oeste da Tanzânia as medidas de contenção da epidemia de cólera, que já deixou 30 mortos entre refugiados e a comunidade local, parecem estar surtindo efeito.
26 May 2015

GENEBRA, 26 de maio de 2015 (ACNUR) – No oeste da Tanzânia, na região do Lago Tanganyika, as medidas de contenção da epidemia de cólera, que já deixou 30 mortos entre refugiados e a comunidade local, parecem estar surtindo efeito. Desde a última quinta-feira, nenhuma nova morte foi registrada.

Concluiu-se que uma das mortes registradas na última semana como sendo cólera não teve diarreia como causa, o que coloca o total de mortes pela doença numa taxa de 1 para 30.

No total, 4.408 casos foram registrados, mas o número de novos casos diários tem caído para cerca de 100 depois de ter atingido o pico de 915 em 18 de maio. A redução dos casos é em grande parte devido às medidas intensificadas de higiene para conter a propagação da epidemia. Apesar da melhora, resolver totalmente a situação ainda pode levar semanas. 

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus parceiros estão trabalhando de perto com as autoridades de saúde da Tanzânia para assegurar que os pacientes recebam tratamento. Além disso, as instituições pretendem fortalecer a adoção de medidas preventivas, como acesso a água potável e saneamento. Equipes da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão implantando Centros de Tratamento de Cólera em Kagunga e aoiando outros parceiros em Kigoma. O programa de saúde no campo de refugiados de Nyarugusu está sendo desenvolvido pela Cruz Vermelha da Tanzânia e o MSF está implantando um Centro de Tratamento de Cólera no local.

A vila de Kagunga, um dos epicentros da epidemia, e que até recentemente abrigava dezenas de milhares de refugiados, está praticamente vazio. Cerca de 30 mil pessoas mudaram-se para o campo de refugiados de Nyagurusu. O ACNUR espera encerrar até amanhã a transferência das pessoas que faltam. Estão sendo adotadas medidas massivas de descontaminação.

No estádio de Tanganyika, em Kigoma, outro epicentro da epidemia, os esforços para melhorar o acesso à água e saneamento também têm mostrado resultados positivos como o surgimento de poucos casos críticos. Até o momento, tanto em Kagunga quanto em Kigoma, ainda existe um pequeno estoque de telas para isolamento de camas e a malária ainda é uma preocupação.

No campo de Nyarugusu, todos os refugiados foram vacinados contra doenças infantis, foram vermifugados e a passaram por uma avaliação nutricional. A capacidade do campo está sendo ampliada.

O fluxo de refugiados do Burundi em toda a região não diminuiu, mas as taxas estão abaixo de 100 novas chegadas por dia nos principais países de acolhida. De acordo com estatísticas recentes, existem mais de 80 mil refugiados do Burundi na região, além de 10 mil refugiados da República Democrática do Congo (RDC), sendo 47 mil na Tanzânia, 28 mil em Ruanda e 5.500 em Uganda.