Refugiado da Guiné conduzirá a tocha Olímpica em Curitiba
Refugiado da Guiné conduzirá a tocha Olímpica em Curitiba
Brasília, 12 de julho de 2016 (ACNUR) - O refugiado guineense Abdoulaye Kaba, de 18 anos, conduzirá a tocha Olímpica em Curitiba na próxima quinta-feira (14 de julho). Nascido em Conacri, capital da Guiné, Abdoulaye chegou ao Brasil em dezembro de 2012 como menor desacompanhado – seus pais e seus irmãos gêmeos ficaram em seu país de origem. Atualmente, vive em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ).
Ele foi escolhido pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para ser um dos condutores da chama Olímpica no Brasil a partir de uma sugestão da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). O refugiado concederá entrevista coletiva às 15hs da quarta-feira (13 de julho), em Curitiba, na Casa Hoffmann (Rua Doutor Claudino dos Santos, 58 - São Francisco).
"É uma oportunidade que todo mundo queria ter. É uma felicidade, algo grandioso na minha carreira. Vai ficar escrito no meu coração, vai ser uma das melhores coisas da minha vida. É também muita responsabilidade e uma honra, pois vou representar todos os refugiados", afirma o refugiado.
No Brasil, Abdoulaye dá continuidade ao seu sonho de ser jogador de futebol (ele jogava futebol em Conacri). Após se estabelecer no Rio de Janeiro, passou pela categoria de base do Botafogo e atualmente é meio-campista da equipe Sub-20 do São Gonçalo Futebol Clube, clube que disputa a segunda divisão do Campeonato Carioca. Sobre seu futuro, diz que quer continuar seus estudos e cursar a faculdade de Educação Física porque “o esporte é a minha vida”.
Abdoulaye será o segundo refugiado a conduzir a tocha Olímpica pelo Brasil. Logo no primeiro dia da chama Olímpica no País (03 de maio), a refugiada síria Hanan Daqqah, de 12 anos, participou do revezamento da tocha em Brasília. Posteriormente, em Belo Horizonte (no dia 14 de maio), o então representante do ACNUR no Brasil, Agni Castro Pita, também participou do revezamento – sendo o primeiro funcionário da ONU no Brasil a carregar a tocha Olímpica no país. Antes, em Atenas, a chama Olímpica foi conduzida por outro refugiado – o sírio Ibrahim Al-Hussein.
Outras iniciativas entre o ACNUR e o Comitê Rio 2016 estão dando visibilidade ao tema dos refugiados na agenda dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Em parceria com a Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, 38 refugiados que vivem na cidade foram selecionados para atuar como voluntários nos Jogos.
Além disso, a realidade dos refugiados é um dos componentes do “Desafio da Trégua Olímpica” do Transforma – programa de educação do Comitê Organizador que leva os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para dentro das escolas, envolvendo mais de 6 milhões de alunos em cerca de 10 mil escolas dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.
Com o apoio do ACNUR, o Comitê Olímpico Internacional (COI) organizou a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados – a primeira desse tipo em toda a história dos Jogos Olímpicos. A equipe é composta por 10 atletas refugiados que competirão sob a bandeira do COI. Saiba mais sobre esta equipe no site do ACNUR Brasil em http://goo.gl/7ElRJ1.
Para mais informações sobre a participação do refugiado Abdoulaye Kaba na condução da tocha Olímpica em Curitiba, fale com a Assessoria de Comunicação do ACNUR Brasil (61.3044.5744 / [email protected]) ou com Michele Bravos (ACNUR / 41.9625.3333 / [email protected]).