Close sites icon close
Search form

Search for the country site.

Country profile

Country website

ACNUR apoia feira de empregabilidade para pessoas refugiadas no Rio de Janeiro

Histórias

ACNUR apoia feira de empregabilidade para pessoas refugiadas no Rio de Janeiro

Promovida pela Cáritas RJ, a 5ª edição da Feira Trampolim de Empregabilidade contou com a presença de 9 empresas de diferentes setores da economia
8 Outubro 2024
Nove empresas de diferentes setores da economia participaram da V Feira Trampolim de Empregabilidade, no Rio de Janeiro

Nove empresas e cerca de 60 pessoas refugiadas e migrantes participaram da V Feira Trampolim de Empregabilidade, no Rio de Janeiro

Mais de 250 entrevistas para vagas de trabalho, 9 empresas e cerca de 60 pessoas refugiadas e migrantes candidatas. Este foi o balanço da V Feira Trampolim de Empregabilidade, realizada na última quarta-feira (2) no Rio de Janeiro (RJ). A ação foi promovida pelo Programa de Atendimento A Refugiados e Solicitantes de Refúgio da Cáritas do Rio (PARES Cáritas RJ), com apoio do Ministério Público do Trabalho do RJ (MPT-RJ) e da Agência da ONU Para Refugiados (ACNUR).

A feira foi voltada para pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio e migrantes com visto humanitário. Estiveram presentes representantes de nove empresas - C&A, Grupo Cataratas, Hotel Fairmont, RD Saúde, Sfera, SindRio, Solística, Tenda e Timbre. As vagas oferecidas eram nos setores de Hotelaria, Vendas, Alimentos e Bebidas, Logística e Construção Civil.

A venezuelana Greymar foi uma das candidatas. No Brasil há apenas dois meses, ela já havia passado pelo atendimento na Cáritas RJ tanto para ter a documentação brasileira quanto para preparar um currículo atraente para recrutadores. Na Venezuela, ela estudava para se formar em Educação Primária. No Brasil, ela busca por uma oportunidade de recomeço que permita a ela e o filho, de seis anos, terem mais estabilidade e planos para o futuro.

“Meu sonho é que ele aprenda bem o idioma, que estude, que tenha um bom trabalho quando crescer e que construa algo aqui. Que possamos construir algo, porque viemos para trabalhar e ter um futuro no Brasil”, afirma.

Há dois meses no Brasil, a venezuelana Greymar participou com otimismo da feira

Há dois meses no Brasil, a venezuelana Greymar participou com otimismo da feira

Parceria para empoderamento e integração

A Feira é realizada anualmente pela Cáritas RJ, com o apoio do ACNUR. A ação faz parte de um projeto conjunto para integração socioeconômica de pessoas refugiadas e migrantes que chegam ao Brasil em busca de oportunidades. Além da Feira, também é mantida a Plataforma Trampolim, um espaço virtual onde pessoas refugiadas podem cadastrar seus currículos para oportunidades de emprego ou oferecer serviços como autônomos.  No mesmo ambiente digital, empresas podem cadastrar vagas de emprego, contratar serviços ou oferecer capacitação profissional gratuita. 

Embora as pessoas candidatas tenham autonomia na negociação das etapas de seleção na Plataforma Trampolim, cada vaga está sujeita à aprovação da equipe da Cáritas RJ, que confere se a oportunidade oferecida segue as regras da legislação trabalhista brasileira. 

A coordenadora de Integração Local do PARES Cáritas RJ, Karla Ellwein, conta que a realização da Feira de Empregabilidade, organizada a partir da implementação da Plataforma Trampolim, é uma importante ação para o processo de integração das pessoas refugiadas: “É a possibilidade que elas terão de recomeçar, de adquirir sua autonomia financeira, sua renda. De conseguir, por exemplo, alugar sua própria casa, de atender suas necessidades básicas. Depois de deixarem suas vidas, suas famílias, suas casas no país de origem, que é um processo muito doloroso, muito difícil”, relata.

Para a associada de Soluções Duradouras no ACNUR, Camila Sombra, também é uma oportunidade para que as empresas entendam que é possível contratar pessoas refugiadas, seguindo todas as leis brasileiras. “O Brasil acolhe milhares de pessoas refugiadas, muitas delas altamente qualificadas profissionalmente. Ter acesso a um emprego formal e digno é um direito que as pessoas possuem, inclusive as refugiadas. Com esse apoio, buscamos promover não apenas a integração e o empoderamento econômico de profissionais refugiados, mas também buscamos mobilizar as empresas de diferentes setores para que, cada vez mais, façam parte desse acolhimento”, ressalta.

 

*Com informações da PARES Cáritas RJ