Emergência no Burundi
Emergência no Burundi
O povo do Burundi enfrenta uma crise humanitária marcada por declínio econômico, insegurança alimentar extrema e uma epidemia de malária. Embora o pior da violência tenha diminuído, a situação continua frágil. Questões políticas permanecem sem resolução e os deslocamentos dentro e para fora do país continuam acontecendo.
O que o ACNUR está fazendo para ajudar?
O ACNUR e seus parceiros estão trabalhando juntos todos os dias para ajudar e proteger os refugiados do Burundi na Tanzânia, Ruanda, República Democrática do Congo (RDC), Uganda e outros países vizinhos. Juntos, estamos ajudando as famílias a se reunirem com seus entes queridos perdidos e treinando trabalhadores comunitários do campo para detectar sinais de exploração e abuso sexual. Estamos ajudando as grávidas a darem à luz em instalações de saúde adequadas e alistando engenheiros de água para perfurar novos poços para fornecer água para os refugiados.
Mais de 257 mil pessoas do Burundi tiveram que fugir do seu país em busca de proteção. Além disso, mais de 89 mil refugiados e solicitantes de asilo encontram-se no país. Quase todos os refugiados (99%) são da República Democrática do Congo (RDC).
Como resultado, refugiados burundeses na Tanzânia, Ruanda e RDC se deparam com acampamentos cheios e apenas abrigos temporários disponíveis. Os centros de saúde estão se esforçando para lidar com o grande número de pacientes. A educação é muito básica e as crianças não possuem materiais de aprendizagem suficientes; centenas de crianças na Tanzânia assistem às aulas debaixo de árvores.
“Os refugiados do Burundi estão sendo esquecidos. O mundo precisa ajudar urgentemente esses refugiados e os países que os acolhem”.
“Os refugiados que foram forçados a fugir porque temiam por suas vidas estão lutando para fornecer o básico para seus filhos em campos superlotados e com recursos insuficientes”, afirma Catherine Wiesner, Coordenadora Regional de Refugiados e Encarregada da Resposta aos Refugiados para a situação do Burundi.
“Os refugiados do Burundi estão sendo esquecidos”, acrescentou Wiesner. “A comunidade internacional precisa estar à altura de seus compromissos globais de ajudar urgentemente esses refugiados e os países que os acolhem”.
Em acordo com o Quadro de Resposta aos Refugiados (Comprehensive Refugee Response Framework), o ACNUR está trabalhando com governos e parceiros para apoiar as comunidades de acolhimento e para dar aos refugiados do Burundi mais oportunidades para se tornarem autossuficientes. Enquanto isso, um número relativamente pequeno de refugiados tem escolhido retornar ao Burundi. Mesmo que o ACNUR não esteja promovendo os retornos, desde setembro de 2017 estamos ajudando aqueles que voluntariamente escolhem voltar para casa a fazê-lo com segurança e em condições de começar a reconstruir suas vidas.
Para as centenas de milhares de refugiados burundeses que ainda exigem proteção internacional, apoio e financiamento mais amplos são necessários para providenciar assistência hoje e soluções a longo prazo para o futuro.