Schneider Electric e empresas parceiras doam equipamentos de geração de energia renovável à Agência da ONU para Refugiados

“A acolhida de pessoas refugiadas no estado de Roraima é um exemplo bem-sucedido de como o setor privado, o poder público, a sociedade civil e agências humanitárias como o ACNUR podem se coordenar para oferecer apoio e dignidade a pessoas que precisam recomeçar do zero em outro país. A doação que recebemos do Instituto Schneider Electric exemplifica o papel-chave de empresas como atores de mudança e parte da solução”, comenta Samantha Federici, chefe do escritório de Parcerias com o Setor Privado do ACNUR no Brasil. “Além de ajudar na iluminação de espaços coletivos de abrigos temporários, os equipamentos beneficiarão comunidades de indígenas refugiados com energia renovável, mostrando como investimento social privado e sustentabilidade ambiental podem e devem caminhar juntos.” 

“Na Schneider Electric, acreditamos que o acesso à energia e à digitalização é um direito humano básico. Nossa missão é tornar a energia acessível, limpa e segura para todos. A parceria com o ACNUR reflete esse compromisso e ressalta a relevância de projetos que combinam tecnologia e sustentabilidade para transformar a realidade de comunidades”, afirma Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric para a América do Sul. “Este é mais um exemplo das iniciativas do Instituto Schneider Electric em prol da inclusão energética e do desenvolvimento local”, reforça o executivo.

Além de iluminar espaços coletivos em abrigos provisórios de Boa Vista, os equipamentos doados pela Schneider Electric e empresas parceiras vão beneficiar comunidades de refugiados indígenas que se instalaram na região. Entre elas a Warao a Janoko, no município do Cantá (região metropolitana de Boa Vista), em que mais de 80 famílias das etnias Warao e Kariña sem acesso (ou com acesso bastante limitado) à energia poderão usar os equipamentos doados. 

Desde o início do fluxo de refugiados e migrantes da Venezuela para o Brasil, em 2017, o ACNUR desenvolve atividades de acolhida e integração socioeconômicas. No caso dos indígenas, a organização oferece assistência humanitária focada nas necessidades específicas desse grupo, assegurando seus direitos fundamentais e proteção. Até junho de 2024, havia 11.918 indígenas refugiados e migrantes da Venezuela no Brasil, sendo 7.705 da etnia Warao, cujo nome significa “povo do barco”. Os Warao representam uma das mais antigas comunidades indígenas da Venezuela, destacando-se por suas habilidades na pesca e navegação em rios, bem como no artesanato. Além dos Warao estão os Kariñas, que têm a agricultura como uma de suas principais atividades econômicas. 

Entre os abrigos beneficiados pela doação de equipamentos e sistemas de energia solar estão o Waraotuma A Tuaranoko, dedicado a populações indígenas, e o Pricumã, conhecido por sua acessibilidade para pessoas com deficiência e idosos, e que também promove atividades culturais como corais, aulas de dança e pintura. A doação das empresas é fundamental para o bem-estar nos abrigos em atividades cotidianas como banho, conservação de alimentos, geração de renda e acesso à informação. 

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