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Mulheres

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Em algumas sociedades, mulheres e meninas diariamente sofrem discriminação e violência simplesmente por conta de seu gênero. Uma tarefa comum como pegar água ou ir ao banheiro pode colocá-las sob o risco de estupro ou abuso.
Em tempos de deslocamento, esse problema se multiplica. Em todo o mundo, metade das pessoas que foram forçadas a se deslocar são mulheres e meninas que, sem a proteção de seus governos ou famílias, se encontram frequentemente em situações de vulnerabilidade. As grávidas, chefes de família, deficientes, idosas ou desacompanhadas ficam ainda mais expostas.

A discriminação contra as mulheres e meninas é causa e consequência do deslocamento forçado e da apatridia. Muitas vezes, a situação é agravada por outras circunstâncias, como por exemplo a origem étnica, deficiências físicas, religião, orientação sexual, identidade de gênero e origem social.

Os caminhos que as mulheres percorrem em busca de refúgio são repletos de riscos. Elas são expostas à violência sexual, física e psicológica, incluindo a exploração sexual e laboral cometida por grupos criminosos ou até mesmo pessoas de sua comunidade. Mesmo assim, elas enfrentam os perigos de longas jornadas para chegar a um lugar onde possam viver sem violência.

Esta realidade justifica a atenção especial que o ACNUR oferece às mulheres e meninas solicitantes de refúgio, refugiadas, deslocadas internas, retornadas e apátridas tanto a nível global como regional. O objetivo da agência é conseguir uma integração sustentável e solidária nas comunidades que as acolhem, promovendo o empoderamento e facilitando o acesso às ferramentas necessárias para alcançar meios adequados de subsistência.

Assim, nos últimos anos, o ACNUR tem trabalhado intensamente na promoção da igualdade de gênero, no empoderamento das mulheres e meninas e na prevenção da violência sexual e de gênero, desenvolvendo e implementando diversas cartilhas, políticas e estratégias. As mulheres têm demonstrado uma enorme resiliência ao refazer suas vidas e a de seus familiares, levando desenvolvimento e progresso às comunidades que as acolhem. Devemos garantir que todas tenham acesso à proteção jurídica e social, independentemente de sua nacionalidade, visões políticas, religião, raça, identidade sexual e de gênero, origem social ou etnia.