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ACNUR pede ação global urgente na COP28, destacando o impacto das mudanças climáticas na crise do deslocamento forçado

Comunicados à imprensa

ACNUR pede ação global urgente na COP28, destacando o impacto das mudanças climáticas na crise do deslocamento forçado

4 Dezembro 2023
As fortes chuvas recentes no Quênia forçaram muitas famílias a abandonar seus abrigos no campo de refugiados de Dadaab e a se mudarem para áreas mais altas. ©ACNUR/Mohamed Aden Maalim
Genebra, 4 de dezembro de 2023 – No marco da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) está clamando por uma ação imediata e coletiva para enfrentar o impacto sem precedentes das mudanças climáticas e seus efeitos profundos nas populações forçadas a se deslocar e nas comunidades de acolhida.

Em todo o mundo, os efeitos das mudanças climáticas intensificam as dificuldades enfrentadas pelas comunidades que enfrentam o deslocamento forçado. A convergência de conflitos e mudanças climáticas impede criticamente a capacidade de elas garantirem a sua própria segurança, além de recursos básicos e meios de subsistência sustentáveis.

"A emergência climática está castigando as pessoas forçadas a se deslocar três vezes; as arranca de suas casas, agrava sua crise durante o refúgio e destrói sua terra natal, impedindo-as de retornar para os seus locais de origem", disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. "Essa dura realidade destaca como a emergência climática agrava o deslocamento e o sofrimento humanos".

As mudanças climáticas revelam uma clara injustiça, já que aqueles que menos contribuíram para a degradação ambiental são os que vêm sofrendo mais. Em uma tendência preocupante, quase 60% das pessoas forçadas a se deslocar no mundo encontram-se nos países mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas, como Síria, República Democrática do Congo, Somália, Afeganistão e Mianmar.

"Ao nos reunirmos na COP28, é imperativo priorizar a situação dos mais vulneráveis. Nosso compromisso coletivo com a ação climática deve envolver medidas robustas para proteger aqueles que são os mais afetados", declarou Grandi. "A inclusão dos mais afetados é vital para nossas discussões e respostas relativas ao problema. As experiências e soluções das comunidades forçadas a se deslocar merecem um lugar significativo na discussão climática global."

O ACNUR convida a comunidade global a se unir para reconhecer a resiliência e agência das pessoas forçadas a se deslocar, clamando ao mundo que ouça, aprenda e aja coletivamente por um futuro em que ninguém seja deixado para trás diante dos desafios climáticos.

Enquanto a comunidade internacional lida com um consenso científico bem estabelecido e soluções reconhecidas, a velocidade das ações para que alguma mudança aconteça continua insuficiente. O ACNUR faz um apelo urgente a uma chamada coletiva e audaciosa à ação, exigindo passos convincentes rumo a um futuro sustentável. A urgência não pode ser subestimada; ações imediatas são cruciais para as populações forçadas a se deslocar, que sofrem um impacto desproporcional e necessitam urgentemente de esforços acelerados para enfrentar os desafios ambientais com os quais lidam diariamente.

Antecipando o Fórum Global sobre Refugiados da próxima semana, o ACNUR está comprometido em colaborar estreitamente com governos, parceiros do setor privado e comunidades a fim de abrir o caminho para um futuro sustentável, em que a relação entre as mudanças climáticas e o deslocamento forçado seja efetivamente abordada por meio de soluções inclusivas e inovadoras.

O ACNUR faz um apelo à comunidade internacional para que ela se una na abordagem de desafios urgentes, participando das promessas relacionadas à ação climática, contribuindo assim para um futuro mais sustentável para as comunidades forçadas a se deslocar.